sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

FAO divulga lista com 17 ações para promover sustentabilidade agora e em 2022

 

FAO divulga lista com 17 ações para promover sustentabilidade agora e em 2022

ONU News

28 de dezembro de 2021 - ODS

Conor Lennon/ ONU News
Guia ajuda todos a refletirem como melhor contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável durante este período de festas e nos demais dias do novo ano

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura elaborou um guia baseado nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; dentre as dicas estão, comprar produtos com menos embalagens, dar preferência a produtores locais e sempre conferir a etiqueta para saber se o fruto do mar foi pescado ou cultivado de forma sustentável.

Esta é a época do ano para passar com familiares e amigos, a cozinhar, a trocar presentes ou a viajar para se reunir com entes queridos; e tudo isso pode ser feito de uma forma mais sustentável, respeitando as pessoas, as cidades e o planeta.

A sustentabilidade ultrapassa o cuidado com o meio ambiente. Condições básicas para a vida como trabalho, educação, segurança, saúde, oportunidades iguais e uma qualidade de vida vibrante são todos aspetos que envolvem uma escolha sustentável.

Para ajudar todos a refletirem como melhor contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável durante este período de festas e nos demais dias do novo ano, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, preparou o seguinte guia com 17 formas de ação, o mesmo número dos ODS.

1. Coloque os outros em primeiro lugar – ODS 1

Hoje, mais de 700 milhões de pessoas vivem na extrema pobreza. Muitas não têm sequer acesso a serviços básicos para suprir as suas necessidades como cuidados de saúde, alimentos, educação, água e saneamento básico. Por que não dedicar mais tempo para se voluntariar numa cozinha comunitária para quem não tem comida ou num abrigo para pessoas que não têm onde morar? Com isso, garantirá que ninguém se sinta excluído neste fim de ano.

2. Pense na quantidade de comida que consome! – ODS 2

Desperdice menos comida e compre alimentos da estação, de mercados locais e que são produzidos de forma sustentável. Doe itens não perecíveis para locais que oferecem alimentos gratuitos a quem não tem o que comer. Mais de 800 milhões de pessoas não terão nada para comer nesta época do ano, e a pandemia da Covid-19 só agravou essa situação.

3.Tenha um estilo de vida saudável – ODS 3

Ter acesso a alimentos nutritivos é fundamental para a saúde de uma pessoa. Isto permite-nos crescer, combater doenças e viver de forma produtiva. Nestas festas, coloque alimentos nutrientes no menu e não esqueça de fazer exercício. Outro recado: combata a tendência de comer demais.

4. Dê de presente ou doe um livro a alguém – ODS 4

Em 2018, quase 20% das crianças e dos jovens ao redor do mundo não frequentavam a escola.  Sem uma boa educação, as crianças não somente colocam sua própria subsistência em risco como também a sua oportunidade de contribuir, de forma significativa, para a sociedade. Promova a educação ao doar livros ou material escolar durante essas festas.

5.  Apoie outras mulheres! – ODS 5

Mulheres e meninas representam metade da população mundial e metade do potencial global.  Mas a desigualdade persiste em todas as partes. Nestas festas, celebre as mulheres que fazem parte da sua vida. E no novo ano, apoie as mulheres da sua comunidade. Se é uma menina ou adolescente, termine seus estudos e escolha a carreira dos seus sonhos.

6. Reduza o seu consumo de água – ODS 6

Não existe vida sem água. Precisamos do recurso para beber, para limpar, cozinhar, cultivar alimentos e fazer muito mais. Nessas festas, use menos água ao fechar bem as torneiras ao lavar louças e passe menos tempo no chuveiro!

7.  Economize energia – ODS 7

As festas são também a época das luzes. Mas em todo o mundo, uma em cada 10 pessoas precisa de acesso à energia elétrica. Este ano, caso use luzes na sua decoração, prefira a tecnologia LED ou outras soluções de energia eficientes. Desligue as luzes ao sair das divisões da casa e por que não começar a usar painéis solares em 2022?

8.  Compre em lojas e empresas com responsabilidade social – ODS 8

Ao comprar presentes, apoie empresas conhecidas por boas condições de trabalho com os seus empregados. Por causa da Covid-19, 1,6 mil milhões de trabalhadores estão sob risco de perder o emprego. Apoie a economia local ao comprar de produtores locais.

 9.   Seja inovador (a) – ODS 9

Pense diferente nestas festas. Práticas e tecnologias inovadoras podem ajudar a desenvolver sociedades inteiras de várias maneiras.

10.    Esteja consciente sobre as desigualdades – ODS 10

Nesta estação, procure informar-se mais sobre a situação da sua comunidade e procure iniciativas para eliminar as desigualdades. Pense em oportunidades de voluntariado ou participe em ações de doação.

11. Defenda uma cidade sustentável – ODS 11

Os centros urbanos geralmente reinventam-se para as festas com luzes e outras decorações para elevar os ânimos de seus moradores. Mas se fosse possível reinventar ainda mais que as suas próprias fachadas? Para 2022, defenda o tipo de cidade sustentável na qual acredita. Fale com vereadores do seu distrito, participe de uma coletividade de limpeza ou até mesmo doe uma árvore para a sua cidade.

12.  Adote um estilo de vida reciclável – ODS 12

Lembre-se de reduzir o lixo, reutilize sempre que possível e recicle. Compre alimentos e produtos com o mínimo de embalagens. Presenteie produtos ambientalmente corretos, embale os presentes também dessa forma e prefira empresas que pensam no meio ambiente.

13.  Seja consciente na forma como se alimenta e como compra – ODS 12

Nestas festas, lembre-se do impacto que a comida que come tem sobre o planeta. Insira mais cereais e legumes na sua dieta. Eles são nutritivos e consomem menos água na produção. Reduza a sua pegada de carbono ao conduzir menos, comprar produtos da época e não esqueça de levar o seu saco ao mercado para evitar gastar mais papel e plástico!

14. Seja gentil com os oceanos – ODS14

Prefira o pescado que tenha sido capturado ou cultivado de forma sustentável, como peixes que têm uma etiqueta ecológica. Dispense produtos com excesso de embalagem que quase sempre termina nos oceanos.

15. Mantenha os parques e os solos limpos – ODS 15

As festas podem gerar muito desperdício. Então, recicle bem o seu lixo. Os componentes químicos, por exemplo, de pilhas e de detergentes podem poluir o solo se depositados ali.

16. Promova inclusão e o respeito aos outros – ODS16

Nesta época do ano, esforce-se para aprender mais de outras tradições e feriados religiosos. Nem todas as pessoas vão celebrar o mesmo feriado. Aprender mais sobre os outros pode ajudar a cultivar o respeito por pessoas de origens diferentes, religiões, géneros e orientações sexuais e de opiniões diferentes das suas.

17. Compartilhe o que sabe! – ODS 17

Compartilhe esta lista e apoie as iniciativas locais que promovem o desenvolvimento sustentável.  As nossas ações fazem o nosso futuro então, comece agora a fazer a diferença nestas festas.

 

Junte-se a uma iniciativa comunitária e seja mais forte!

Para a Organização Meteorológica Mundial, 2021 foi marcado por temperaturas extremas

 

Para a Organização Meteorológica Mundial, 2021 foi marcado por temperaturas extremas

ONU News

30 de dezembro de 2021 - Clima e Ambiente

OMM/Diego Ferrer
Formação de gelo marinho na Baía do Uruguai, Ilha Laurie, Orkney do Sul, Antártica. Ano foi marcado por ondas recordes de calor

Cheias recordes no Rio Negro, em Manaus, seca na América do Sul e enchentes na Europa foram alguns dos exemplos; temperaturas recordes no Vale da Morte, nos Estados Unidos, e na Europa são sinais dos padrões da mudança climática; agência quer mais sistemas de alerta em países em desenvolvimento.

A Organização Meteorológica Mundial, OMM, afirma que os últimos sete anos devem ser registados como os sete mais quentes da história.

Um arrefecimento do fenómeno La Niña, logo no início de 2021, influenciou as temperaturas globais, de forma suave e curta, mas não reverteu as concentrações de gás de efeito estufa provocadas por atividades humanas.

Pnud Somalia
Durante o La Niña ocorrem mudanças associadas a riscos de chuvas fortes, inundações e secas

Calendário

O ano foi marcado por ondas recordes de calor, chuvas, inundações e incêndios que devastaram áreas extensas. Os meteorologistas contaram com tecnologia de satélite para melhor prever e monitorar eventos extremos e as mudanças do clima em todo o globo. Mas o impacto económico e humano dos desastres naturais ultrapassa o calendário anual e deve seguir por 2022.  Nesses eventos, milhares de vidas são perdidas.

No momento, os monitores da OMM acompanham o super tufão Rai ou Odete, que atravessou as Filipinas em 16 de dezembro na categoria 5. Centenas de pessoas ficaram feridas ou morreram num país que é constantemente atingido por desastres naturais. Mas, em muitas partes do mundo, a situação tem-se atenuado devido a sistemas de alertas que ajudam a reduzir bastante as taxas de mortalidade. Mesmo assim, nos países menos desenvolvidos e pequenos Estados-ilhas ainda existem lacunas que precisam ser cuidadas.

OMM/Jason Salisbury
Parque do Lago Boya na Columbia Británica, Canadá. As temperaturas atingiram 49,6 º Celsius

Canadá

Para a Organização Meteorológica Mundial, os orçamentos nacionais devem investir mais no monitoramento dos gases de efeito estufa.  Muitos eventos climáticos extremos são causados pela pegada da mudança climática.

Uma onda de calor no Canadá e em partes vizinhas do noroeste dos Estados Unidos elevou as temperaturas a quase 50°C em junho, na British Columbia, causando centenas de mortes e incêndios arrasadores. E a mesma região foi alvo de chuvas fortes e cheias em novembro.

Um outro exemplo foi o Vale da Morte, na Califórnia, onde os termómetros chegaram a 54.4 °C durante várias ondas de calor extremo no sudoeste dos Estados Unidos, em julho.

O mesmo ocorreu em partes do Mediterrâneo em agosto. Em Itália, a região da Sicília marcou 48.8 °C. E alguns incêndios florestais foram registados na Argélia, no sul da Turquia e na Grécia.

Banco Mundial/Mariana Ceratti
Cidade de Manaus, no Amazonas, Brasil

Manaus

Outros eventos climáticos em 2021 ocorreram na China com enchentes na província de Henan, um recorde na região. Em meados de julho, Alemanha e Bélgica receberam muita chuva com deslizamentos de terra, enchentes e mais de 200 mortes.

Em Manaus, no Brasil, o Rio Negro atingiu seu ponto máximo com enchentes que começaram no norte da América do Sul.

Uma estiagem no sul do Brasil, no Paraguai, Uruguai e no norte da Argentina preocupou as autoridades e afetou plantações e colheitas.

Foto: © UNICEF/Arimacs Wilander
Bairro afetado por enchentes em Jacarta, Indonésia

Lacunas

Já outro lado do mundo, no Chifre da África, a seca agravou a crise humanitária incluindo na Somália e no sul de Madagáscar.

Para a OMM, os países precisam investir em infraestrutura hídrica e de gerenciamento de desastres naturais com urgência.

Para o próximo ano, a agência espera continuar a atuar com países membros e parceiros para fortalecer sistemas de alerta de desastres e ajudar a fechar as lacunas de temperatura e de redes de observação hidrológica em países em desenvolvimento para assim salvar vidas e subsistências.

Retirado de https://news.un.org/pt/story/2021/12/1775082?utm_source=ONU+News+-+Newsletter&utm_campaign=c20ea9b513-EMAIL_CAMPAIGN_2021_12_31_01_00&utm_medium=email&utm_term=0_98793f891c-c20ea9b513-107783233




terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Sismo de magnitude de 7,3 na Indonésia

 Sismo de magnitude de 7,3 na Indonésia

RTP Notícias

por Lusa

A violência do sismo pode desencadear um tsunami perigoso D.R.

Um sismo de magnitude de 7,3 hoje registado no leste da Indonésia pode desencadear um tsunami perigoso, alertou o Centro de alerta de Tsunamis do Pacífico que posteriormente anulou o alerta.

O abalo ocorreu às 3h20 (hora em Lisboa), a uma profundidade de 18,5 quilómetros no mar das Flores, a uma centena de quilómetros de distância da localidade de Maumere, indicou o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS).

Este sismo poderá desencadear vagas perigosas ao longo das costas situadas num raio de mil quilómetros em torno do epicentro, de acordo com o centro.

A agência meteorológica indonésia alertou para a possibilidade de um tsunami, na sequência do sismo.

"Pedimos às pessoas que se encontram nas zonas costeiras para se afastarem das praias, especialmente no lado norte, onde em 1972 ocorreu um grande maremoto", disse um responsável local, Anton Hayon.

Algumas horas depois do sismo, o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico no Hawaii e a agência indonésia levantaram o alerta de tsunami.

Maumere é a segunda maior cidade das Flores, com 85 mil habitantes.

As autoridades indonésias não registaram quaisquer vítimas ou danos causados pelo sismo, para o qual o USGS apontou uma magnitude de 7,6, entretanto revista para 7,3.

O porta-voz da agência de mitigação de desastres indonésia Abdul Muhari disse que os residentes sentiram fortemente o sismo e imagens transmitidas pela televisão mostraram pessoas a fugir de edifícios a abanar.

A Indóneia, um vasto arquipélago com 270 milhões de habitantes, é frequentemente atingida por sismos, erupções vulcânicas e tsunamis por estar assente no chamado "Anel de Fogo" do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica.

A Indonésia localiza-se no Anel de fogo do Pacífico.

Em janeiro, um sismo de magnitude de 6,2 na província de Sulawesi ocidental causou pelo menos 105 mortos e perto de 6.500 feridos.

Adaptado de https://www.rtp.pt/noticias/mundo/sismo-de-magnitude-de-73-na-indonesia_n1370045



Portugal espera compromissos com os oceanos antes de conferência em Lisboa

 

Portugal espera compromissos com os oceanos antes de conferência em Lisboa

ONU News

13 de dezembro de 2021

Ocean Image Bank/Brook Peterson
Três meses antes do evento em Lisboa, o tema reunirá o mundo na Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em março de 2022

Evento ocorrerá em junho de 2022; chefe da diplomacia portuguesa chama a atenção para urgência da preservação da biodiversidade, alertando para conexão entre clima e oceanos.

Cerca de sete meses antes da realização da 2ª. Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, Portugal pede mais compromissos da comunidade internacional para lidar com as ameaças atuais.

O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse à ONU News que o evento coorganizado pelo seu país e o Quénia incentiva a defesa da riqueza e da variedade do mundo natural. 

Captura vídeo ONU News
Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva

Preservação

“O que nós pretendemos é que todas as pessoas tenham consciência deste facto: os oceanos, a boa governação dos oceanos, o uso razoável dos oceanos, a defesa e preservação dos oceanos, o combate à poluição marinha, é absolutamente essencial para ação climática e para a preservação da biodiversidade. Portanto há esse nexo entre o clima e os oceanos. É muito importante ter sempre presente no nosso espírito.”

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, PNUMA, lançou a pesquisa enfatizando a urgência de uma ação global em favor de ecossistemas afetados por plásticos nos oceanos.

A publicação ressalta que mesmo com o conhecimento disponível, falta vontade política dos governos para enfrentar a crise crescente.

   Foto: UN News/Laura Quinones  Lixo marinho, incluindo plástico, papel e madeira, acaba indo para as       profundezas dos oceanos.


Comunidade internacional

“É inacreditável saber que grande parte, a maior parte, da poluição dos mares é gerado em terra. Por exemplo através dos plásticos. Os cientistas dizem que não demorará muito tempo em que haja mais plástico nos mares do que peixes e nós temos que contrariar isso. E para isso precisamos de ação, precisamos de criar zonas de proteção marinha. Precisamos de mudar as nossas pescas e precisamos de, mais uma vez, nos unirmos todos para esse problema comum que é a governação dos oceanos.  Há um Objetivo do Desenvolvimento Sustentável, o 14, que diz respeito aos oceanos. E é preciso preservar os oceanos, é preciso preservar a biodiversidade nos oceanos, é preciso gerir racionalmente os oceanos e temos que mobilizar a comunidade internacional para isso.”

Três meses antes do evento em Lisboa, o tema reunirá o mundo na Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em março de 2022. Um dos destaques será definir como seguir na cooperação global sobre esta questão.

Em 2015, os plásticos estavam envolvidos na produção de 1,7 giga toneladas de CO2. A previsão é que em 30 anos o número chegue a 6,5 giga toneladas, ou 15% do orçamento global de carbono.

Retirado de https://news.un.org/pt/story/2021/12/1773392?utm_source=ONU+News+-+Newsletter&utm_campaign=cc152cc9fb-EMAIL_CAMPAIGN_2021_12_14_01_00&utm_medium=email&utm_term=0_98793f891c-cc152cc9fb-107783233



 




domingo, 12 de dezembro de 2021

Até quando a erupção do vulcão Cumbre Vieja vai continuar?

 Até quando a erupção do vulcão Cumbre Vieja vai continuar?

Rios de lava incandescente cruzam as paisagens das Ilhas Canárias de forma constante desde o dia 19 de setembro


Erupção do Cumbre Vieja já dura mais de dois meses   MIGUEL CALERO/EFE - 28.11.2021



O vulcão Cumbre Vieja, em La Palma, nas Ilhas Canárias, está desde o dia 19 de setembro a lançar lava pela sua cratera. Com quase três meses de atividade, os rios incandescentes de lava devem continuar pelo menos até fevereiro do próximo ano.

Segundo o professor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) Breno Waichel, não é possível determinar a duração precisa de um evento como uma erupção vulcânica.

“Nenhum vulcanólogo fala em previsão. Vai depender da quantidade de magma que vier do manto. Se esse fornecimento de magma for contínuo, ele pode ficar mais dois meses”, explica Waichel em entrevista ao R7.

Na opinião do professor da UFSC, é importante levar o histórico de erupções do Cumbre Vieja para estipular uma estimativa. “Pode ser dois, três meses. Um ano já acho difícil pelo histórico das erupções daquela região na ilha de La Palma”, conta o especialista.

Diferentemente do que possa parecer, a propagação da lava não causa uma grande destruição da ilha, Waichel entende que este é um processo natural e necessário para a existência daquela porção de terra no meio do oceano Atlântico.

Cumbre Vieja em erupção

“O Cumbre Vieja não está a destruir a ilha, ele está a fazê-la crescer. Aquela ilha só existe porque os vulcões a criaram. Sempre que ocorrer um episódio vulcânico, a ilha vai crescer. Quando a lava chega ao mar, ela cria o que se chama de delta de lava.”

Até ao final de setembro, a ilha de La Palma havia crescido pelo menos 3 km² com o avanço de lava até o oceano Atlântico. O encontro do “rio de lava” a mais de 1000°C com o mar produz uma nuvem de vapor que não é tóxico, segundo o professor da UFSC.

“Não há gases tóxicos. Um vulcanismo como este tem um pouco de enxofre, que gera aquele cheiro de ovo podre, de estação de esgoto”, conta o professor, e explica que o vapor é apenas água a ferver.

Câmaras de magmas fornecem lava ao vulcão

Um vulcão é uma espécie de iceberg, do qual observamos apenas a ponta acima da linha do horizonte. Waichel estima que o Cumbre Vieja tenha pelo menos 2,5 km de extensão com câmaras que armazenam o magma que alimentam a erupção nos últimos três meses.

A lava que sai pelo vulcão tem origem próxima ao núcleo da Terra, a cerca de 3.000 km de profundidade. O calor que gera o magma ascende em direção à superfície e cria câmaras de armazenamento.

“Câmaras magmáticas são, como o nome diz, um grande reservatório de magma. Por baixo do Cumbre Vieja, por exemplo, tem a câmara magmática, mas pode ter outras maiores abaixo dele. A câmara que está mais perto da superfície é a que ejeta o material para fora do vulcão”, explica o professor da UFSC.

Segundo Waichel, a duração desta erupção mostra que as câmaras magmáticas por baixo do Cumbre Vieja continuam a ser alimentadas, motivo pelo qual a erupção não cessa.

Apesar do grande volume de lava, os moradores da ilha estão acostumados e preparados para eventos como estes. O instituto geofísico de La Palma tinha conhecimento da erupção cerca de duas semanas antes, e preparou toda a população para a erupção.

 “Todos os vulcões das Canárias têm detetores de sismos, por isso os especialistas espanhóis viram duas semanas antes que aumentou a quantidade de microtremores nesses sensores geofísicos”, conclui o professor.

Retirado de https://noticias.r7.com/internacional/ate-quando-a-erupcao-do-vulcao-cumbre-vieja-vai-continuar-11122021#/foto/6

FAO alerta sobre degradação de um terço dos solos do planeta

FAO alerta sobre degradação de um terço dos solos do planeta

ONU News

9 de dezembro de 2021

Universidade de Plymouth/Carey Marks
Erosão do solo arrasta entre 20 e 37 bilhões de toneladas da camada superior do recurso anualmente

O Brasil pode baixar a produção de trigo e café; relatório enfatiza a pressão do aumento populacional sobre a terra e os recursos hídricos; dois terços de pessoas devem habitar em vilas e cidades em 2050; crescimento deve impactar a saúde, com questões como desnutrição, obesidade e deficiências de micronutrientes.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, destaca que cerca de 33% do solo a nível global está moderada ou altamente degradado.

A agência publicou o relatório a Situação Mundial da Terra e dos Recursos Hídricos para Alimentos e Agricultura - Sistemas em ponto de rutura.

Brasil

O único país lusófono mencionado é o Brasil, ocupando a terceira posição entre as cinco áreas com maior área florestal. Com 491 milhões de hectares registados em 2020, o país vem depois do total do resto do mundo e da Rússia.

ONU/Martine Perret
Brasil deverá baixar produção do trigo de sequeiro e café

O Brasil também é citado pelo aumento de terras agrícolas que vêm sendo concentradas por grandes fazendeiros de economias de renda mais alta. O mesmo ocorre nos Estados Unidos, e na maioria das nações europeias, exceto em Espanha.

Nas terras brasileiras deve haver uma redução da produção do trigo de sequeiro, seguindo a tendência da África Central, Ásia Central e Índia.

A produção do café brasileiro também poderá baixar como consequência do aumento das temperaturas globais. O fenómeno poderá afetar de forma adversa a safra comercial tradicional.

Crescimento urbano

As áreas urbanas ocupavam menos de 0,5% da superfície terrestre em 2000. A FAO prevê que dois terços dos habitantes da terra ocupem vilas e cidades em 2050. O maior crescimento será em países menos desenvolvidos na África e na Ásia.

Moradores de áreas urbanas consomem mais alimentos processados, que ​​podem dominar as dietas urbanas e resultar em graves efeitos na saúde, incluindo desnutrição, obesidade e deficiências de micronutrientes.

Cifor/Ollivier Girard
Relatório enfatiza pressão do aumento populacional sobre a terra e os recursos hídricos

O rápido crescimento das cidades vem tendo um impacto significativo sobre a terra e os recursos hídricos, invadindo terras agrícolas de boa qualidade.

O documento refere ainda que a agricultura de sequeiro produz 60% dos alimentos do mundo, ocupando 80% das terras cultivadas. Já a irrigada produz 40% em 20% da terra.

Carbono, nutrientes e água

Outra questão destacada no relatório é o impacto da erosão do solo, que arrasta entre 20 e 37 bilhões de toneladas da camada superior do recurso anualmente.

Esta situação reduz o rendimento das lavouras e a capacidade do solo de armazenar e reciclar carbono, nutrientes e água.

As perdas anuais observadas na produção de cereais devido à erosão são estimadas em 7,6 milhões de toneladas.



domingo, 5 de dezembro de 2021

XXXIV FEIRA INTERNACIONAL DE MINERAIS, GEMAS E FÓSSEIS

 

XXXIV FEIRA INTERNACIONAL DE MINERAIS, GEMAS E FÓSSEIS

Quando: 
Sábado, 4 Dezembro, 2021 - 15:00 a Quarta, 8 Dezembro, 2021 - 18:00
Onde: 
Átrio | Museu Nacional de História Natural e da Ciência


A Feira Internacional dos Minerais, Gemas e Fósseis está de regresso ao Museu Nacional de História Natural e da Ciência!

Este evento, que constitui desde 1988, uma grande festa no Museu e uma marca na vida cultural da cidade, reúne coleccionadores e comerciantes de minerais, gemas e fósseis, oriundos de vários países da Europa, bem como um vasto público, representado por milhares de visitantes, que tem aqui uma oportunidade ímpar de adquirir ou simplesmente deleitar-se com a observação de exemplares únicos.

Horário da Feira:

- 4 dezembro: 15h00 / 20h00
- 5 dezembro: 10h00 / 20h00
- 6 dezembro: 10h00 / 20h00
- 7 dezembro: 10h00 / 20h00
- 8 dezembro: 10h00 / 18h00

Como habitualmente, paralelamente à Feira, terá lugar um programa complementar de atividades de divulgação cultural e científica, este ano sob o tema geral “Mineralogia e Sustentabilidade”.

 

PROGRAMA

4 de dezembro (15h00)

Abertura da XXXIV Feira
(Átrio do Museu Nacional de História Natural e da Ciência)

 CONFERÊNCIAS

(Espaço Feira)

4 de dezembro (16h00)

MINERAIS; o olhar de um geólogo sobre a História

Rui Dias, da Universidade de Évora e Diretor Executivo do Centro Ciência Viva de Estremoz

 5 de dezembro (16h00)

MINERAIS: a (in)sustentável leveza do nosso dia-a-dia

Álvaro Pinto, Ciências | U Lisboa | IDL e Diretor Executivo do Centro Ciência Viva do Lousal

7 de Dezembro (16h00)

Mineração e Preservação Ambiental: Caminho a Seguir ou Utopia?

Fernando J.A.S. Barriga, Ciências | U Lisboa | IDL

 

 LABORATÓRIOS 

(Espaço Feira) 

4 de dezembro (15h00 às 19h00) e 5 a 8 de dezembro (11h00 às 18h00)

A Mina de Ciência - “Atividades de divulgação em ciência e tecnologia” com a participação do Ciência Viva do Lousal
 

4 a 8 de dezembro

Reciclagem do Alumínio – Actividade laboratorial realizada pelo Clube Português de Mineralogia

 

ATIVIDADES
(
Espaço Feira)
 

6 de dezembro (15h00)

Apresentação da publicação “Serviços Educativos 2021-2022”

Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal

 

EXPOSIÇÕES (sobre temas geológicos no Museu)

Minerais: identificar, classificar

Exposição introdutória à sistemática dos minerais na qual estão patentes alguns dos mais belos exemplares das coleções do Museu Nacional de História Natural e da Ciência.

 

Joias da Terra: o minério da Panasqueira

Exposição sobre a geologia, a mineralogia, a exploração mineira nas minas da Panasqueira.

 

Entre Dinossáurios

Conheça os diferentes tipos de fósseis de dinossáurio e quais as regiões de Portugal em que são mais abundantes. A partir da investigação realizada no Museu, a exposição apresenta trabalhos de escavação, de preparação laboratorial e de identificação de fósseis de Allosaurus encontrados na jazida de Andrés (Pombal). Descubra o que nos dizem os diferentes fósseis e os sedimentos ali encontrados sobre como era o ecossistema nesse local há 150 milhões de anos.

 SPECERE

Rochas, minerais, fósseis, aves e mamíferos naturalizados, conchas, insetos, folhas de herbário, coleções em meio líquido incluindo invertebrados marinhos, peixes e répteis e anfíbios são alguns dos mais de mil espécimes que estão patentes nesta exposição. Uma pequena amostra dos muitos milhares de espécimes guardados nas reservas do MUHNAC, resultado de dezenas de anos de investigação e fonte inesgotável de estudos futuros.


Entrada livre na Feira dos Minerais

retirado de https://www.museus.ulisboa.pt/pt-pt/xxxiv-feira-minerais-gemas-e-fosseis




Erupção do vulcão Semeru deixa mortos e desaparecidos na Indonésia

 

Erupção do vulcão Semeru deixa mortos e desaparecidos na Indonésia

OLHAR DIGITAL

André Lucena  05/12/2021 11h09, atualizada em 05/12/2021 11h37

A erupção do vulcão Semeru, na ilha de Java, na Indonésia, causou a morte de 14 pessoas e deixou 7 desaparecidos até a manhã deste domingo (5/12). De acordo com Abdul Muhari, porta-voz da Agência de Mitigação de Desastres do país, duas vítimas foram identificadas.

Entre as 98 pessoas feridas, 57 estão hospitalizadas, com 16 em estado grave. Duas mulheres grávidas ficaram feridas e, do total, 35 pessoas foram levadas para os hospitais locais devido a queimaduras. Outras 902 pessoas foram evacuadas da região.

A Indonésia possui mais de 270 milhões de habitantes e está localizada ao longo do “Anel de Fogo” do Oceano Pacífico, região propensa a terramotos e atividade vulcânica.

Localização do Vulcão Semeru (a vermelho) na Ilha de Java na Indonésia

Tempestade e chuva causou erupção

Segundo Eko Budi Lelono, chefe do centro de pesquisa geológica da Indonésia, a erupção do vulcão mais alto do país (3.676 metros de altura) foi causada por uma tempestade e dias de chuva, que derrubaram a cúpula de lava no topo do monte.

Lelono informou que o Semeru expeliu grossas colunas de cinzas a mais de 12 mil metros de altura, e que os fluxos de gás escaldante e lava desceram por até 800 metros até um rio próximo.

Nuvem de cinzas expelida pelo vulcão Semeru.

“De repente, tudo escureceu, a tarde clara transformou-se em noite. Um som estrondoso e calor forçaram-nos a correr para a mesquita. Foi uma erupção muito mais forte do que em janeiro”, disse Fatmah, moradora da ilha de Java.

O Ministério dos Transportes emitiu um aviso no sábado (4/12) para que companhias aéreas evitassem rotas perto do Semeru, informou o porta-voz Adita Irawati.

adaptado de https://olhardigital.com.br/2021/12/05/ciencia-e-espaco/erupcao-do-vulcao-semeru-deixa-mortos-e-desaparecidos-na-indonesia/

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sábado, 4 de dezembro de 2021

Há uma App que permite a cada um de nós apoiar a Agenda 2030 da ONU

 Há uma App que permite a cada um de nós apoiar a Agenda 2030 da ONU

A Agenda 2030 da ONU prevê 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para acabar com a pobreza, reduzir as desigualdades e combater as mudanças climáticas.

Trata-se de um contrato entre 190 líderes mundiais e os povos e uma lista de coisas a fazer em nome dos povos e do planeta.

E cada um de nós pode envolver-se ao instalar a App ODS em Ação. A partir daqui, fica a conhecer cada um dos Objetivos e metas propostas, pode escolher e acompanhar os progressos do seu(s) Objetivo(s) favorito(s), receber notícias e vídeos explicativos, ser informado sobre o que pode fazer, verificar factos e números importantes e criar os seus próprios eventos e ações sustentáveis. É ainda possível convidar amigos, interagir com pessoas de todo o mundo e encontrar eventos nacionais e internacionais nos quais pode participar para apoiar os Objetivos.

O que fazer?

1.    Descarregar a app no Google Play ou na App store

2.    Conhecer cada Objetivo e perceber o que outras pessoas estão a fazer para alcançar as metas globais

3.    Aderir a uma ou mais Ações da sua preferência e convidar amigos a participar

4.    Inspirar-se e criar a sua própria ação para apoiar os Objetivos globais.

 

Faça-se ouvir e convide outros a participar! 

Resposta à da Adivinha Geológica 4