quinta-feira, 31 de março de 2022

Hora da Adivinha Geológica 6

  Chegou mais uma Hora da Adivinha Geológica - Concurso de adivinhas na área da Geologia da Escola Básica António Gedeão - Agrupamento de Escolas a Sudoeste de Odivelas.



Hora da Adivinha Geológica 5

 Chegou mais uma Hora da Adivinha Geológica - Concurso de adivinhas na área da Geologia da Escola Básica António Gedeão - Agrupamento de Escolas a Sudoeste de Odivelas.




segunda-feira, 28 de março de 2022

A crise sismo-vulcânica nas ilhas de São Jorge no Arquipélago dos Açores e o seu acompanhamento pela equipa do ICT

 

A crise sismo-vulcânica nas ilhas de São Jorge no Arquipélago dos Açores e o seu acompanhamento pela equipa do ICT


CRISE SISMO-VULCÂNICA NA ILHA DE SÂO JORGE NO ARQUIPELAGO DOS AÇORES

 Mourad Bezzeghoud Coordenador do Grupo Dinâmica da Litosfera

Com a colaboração de: José F. Borges, Rui Oliveira, João Fontiela, Ines Hamak Departamento de Física, Instituto de Ciências da Terra da Universidade de Évora Março de 2022


No dia 20 de março de 2022, o site do IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) reporta 170 sismos com magnitude ≥ 2 até às 17h30. Muito mais sismos ocorreram abaixo deste valor. No dia 23 já foram registados mais de 2000 sismos, todos de fraca magnitude.

A história do arquipélago dos Açores, desde a descoberta e colonização na primeira metade do século XV até agora, é marcada pelos impactes sociais e económicos produzidos pelos sismos, principalmente os de forte intensidade/magnitude. A informação compilada leva-nos a concluir que neste período 33 sismos afetaram as ilhas dos Açores com uma intensidade igual ou superior a VII, causando cerca de 6.300 mortos e destruição generalizada em algumas ilhas do Arquipélago, principalmente em S. Miguel, Terceira, Graciosa, Faial, S. Jorge e Pico. A acomodação dos movimentos diferenciais que ocorrem devido à fronteira entre as placas Eurasiática, Africana (Nubia) e Norte Americana e também o vulcanismo que ocorre na região, são os principais responsáveis pela intensa atividade sísmica que ocorre neste arquipélago. Já foram publicados pela equipa do ICTUÉ vários estudos que verificam as questões científicas dos sismos conhecidos, particularmente os que interferiram severamente na vida do povo açoriano ao longo da sua história, os quais denominamos de grandes sismos (ver Figs. 1 e 2, Tabela 1).

Fig. 1: Painel superior – Sismicidade (M> 4,0) ao longo da parte ocidental do limite da placa Eurásia-África de 1926 a 2017 (de arquivos de dados NEIC). Os dados batimétricos são da Grade GEBCO_2014. NA=placa norte-americana, EA=placa eurasiana, AF=placa africana; o retângulo preto corresponde à área da região dos Açores mostrada no painel inferior. Painel inferior – Sismicidade instrumental (M>3,5) para a região dos Açores de 1926 a 2017 e principais acidentes tectónicos. Os números entre parênteses correspondem aos 7 sismos que representam 84,1% do momento sísmico total divulgado nesta área durante o período instrumental (1926 – 2017): Os nomes das ilhas são Co= Corvo; Fl= Flores; Fa= Faial; Pc= Pico; Gr= Graciosa; Te= Terceira; Smi= S-Miguel: SMa= Sta. Maria. MAR= Dorsal Meso-Atlântica; TR= Serra da Terceira; NAF=Zona de Fratura dos Açores Norte; FF= Fratura Faial; AF= Fratura dos Açores; PAF= Fratura da Princesa Alice; WAF=Fratura dos Açores Ocidentais; EAF=Fratura dos Açores Orientais; GF= Falha Glória; AP= Planalto dos Açores (Caldeira et al., 2017).

Tabela 1: Sismos Históricos nos Açores com Intensidade ≥VIII (Fontiela et al., 2017).

O último fenómeno de relevo que ocorreu na ilha de São Jorge foi a erupção submarina de 1964: “No dia 21 de Agosto de 1963, pequenos sismos foram sentidos nas ilhas do Faial, Pico e S. Jorge. Um deles, com epicentro no canal de S. Jorge, provocou ligeiros danos na povoação de Cais do Pico, tendo atingido intensidade máxima de 5-6 da escala de Mercalli e um raio de percetibilidade de 100 km. A partir de 13 de dezembro do mesmo ano, os sismógrafos do observatório de Horta marcaram um tremor de terra vulcânico, contínuo, que se prolongou até janeiro de 1964, sendo relacionado inicialmente com a atividade do vulcão dos Capelinhos. Em 29 de Janeiro e 1 de fevereiro de 1964, dois cabos submarinos foram cortados, por tração, no canal de S. Jorge. Em 14 de Fevereiro foram sentidos alguns tremores vulcânicos, mas a crise sísmica começou só no dia seguinte (15 de fevereiro) às 7 h da manhã. Sentiram-se nesse dia, até à meia-noite, 179 abalos e 125 no dia seguinte. A partir de então a frequência começou a diminuir (Gráfico 1). Nos três primeiros dias, os epicentros situaram-se na parte média da ilha de S. Jorge, nas proximidades dos pontos das erupções vulcânicas históricas (Urzelina e Manadas). Assim, no início, o epicentro localizava-se nas proximidades do Cabeço ou pico de Maria Pires, entre Urzelina e Toledo, mudando mais tarde para a área do pico da Esperança e fazendo-se sentir, depois, em diversos pontos ao longo da fratura que  existe  entre  aqueles dois picos. Os abalos atingiram o grau 6 da escala de Mercalli modificada, provocando pânico e fuga das populações em direção da vila das Velas. Os sismos afetaram as áreas de Urzelina, Manadas, Santo António e Norte Grande (Gráfico 2), aumentando de intensidade até o dia 18. Em 18 de Fevereiro, os epicentros emigraram para NW em direção da costa dos Rosais. Os abalos sentiram-se com maior intensidade nas áreas de Rosais, Beira, Velas, Santo Amaro, Manadas, Santo António e Norte Grande. Alguns atingiram o grau 8 na vila das Velas e na freguesia dos Rosais, onde a quase totalidade das casas ficou destruída ou tornada inabitável. Estes sismos devem ter coincidido com o epicentro local. Depois do dia 18, um epicentro de fraca intensidade (grau 1-2) subsistiu no interior da ilha. A maioria dos abalos não foi sentida em Calheta e ainda menos no Topo (registo dos sismos). (…) de grandes reparações foi superior a 250. Finalmente, o número de habitações danificadas excedeu 900.

O tremor de terra vulcânico, bem como os cheiros sulfurosos e sulfídricos notados nos dias 18, 19 e 20 na vila das Velas e, mais tarde, em Rosais, Beira, Santo Amaro e Norte Grande, transportados por ventos do SW, permitem pensar na existência de atividade vulcânica submarina que o estado do mar não deixou observar. No entanto, a tripulação de um barco que atravessou o canal de S. Jorge no meio de grande tempestade observou a presença de uma grande mancha esbranquiçada na superfície do mar, o que pode indicar, possivelmente, o local de uma pequena erupção submarina (Zbyzweski et al., 1977).

Fig. 2: Mapa de Intensidade Máxima Observada para o Arquipélago dos Açores (Portugal) de 1522 a 2012 para os grupos (a) leste e (b) central. As ilhas dos grupos ocidentais não estão representadas, devido ao baixo nível de sismicidade (Fontiela et al., 2017).

A equipa da Universidade de Évora*, que já está nos Açores irá instalar 6 estações sísmicas de banda larga e um acelerómetro: uma no Pedro Miguel (Faial), 2 na Ribeirinha (Pico), 3 em S. Roque ou/e Bandeiras (S. Jorge). O acelerómetro será instalado, em S. Jorge, na zona onde foram registados eventos de maior magnitude. Esta rede será essencialmente para completar a monitorização em curso feita pela rede sísmica do IPMA, mas também será orientada no sentido de estudar e compreender melhor os processos de rotura das fontes sismo-vulcânicas que estão na origem desta crise sísmica.

*A equipa é composta pelo Prof. José F. Borges, os Investigadores Rui Oliveira e João Fontiela (Depto. De Física , ICTUÉ), assim com a doutoranda, Ines Hamak, do programa de doutoral em Ciências da Terra e do Espaço.

Nota: Que tipo de sismos existem?

 Os sismos têm várias origens e são classificados segundo a sua natureza. São conhecidos sismos com causas naturais, como os tectónicos, os vulcânicos ou os provocados por derrocadas artificiais e os artificiais, provocados pela intervenção humana, como explosões nucleares ou químicas, mineração, enchimento de barragem, etc. Os sismos tectónicos, os mais comuns, são bem explicados pela tectónica das placas. Os sismos vulcânicos, que acompanham as erupções, servem para a previsão destas. Exceto os provocados por explosões nucleares, os sismos artificiais são em geral de fraca magnitude (ver tabela infra, Bezzeghoud et al., 2005).

 

Tabela 2: Que tipo de sismos existem? (Bezzeghoud et al., 2005).

Conforme a tabela 2, a crise sismo-vulcânica na ilha de São Jorge no arquipélago dos Açores deve ser classificada nos Sismos naturais vulcânicos devidos a uma desgaseificação e oscilação própria do reservatório.

Referências

Caldeira ; J. Fontiela; J. F. Borges; M. Bezzeghoud, 2017. “Large earthquakes in the Azores”. Física de la Tierra 29: 29-45. http://doi.org/10.5209/fite.57601

Zbyzwesky et al (1977). Os sismos de 1964 na ilha de jorge (açores) registo diário. Ciências da Terra, 3, 33-59

Fontiela, J.; Bezzeghoud, M.; Rosset, P.; Rodrigues, F.C.. 2017. “Maximum observed intensity map for the Azores archipelago (Portugal) from 1522 to 2012 Seismic Catalog”. Seismological Research Letters 88 (4): 1178-1184. http://dx.doi.org/10.1785/0220160159

Bezzeghoud M., Borges J. F., Caldeira B. e A. Araujo, 2005. Riscos Sísmicos e Vulcânicos. In Riscos Naturais e Tecnológicos e sua Prevenção. Ed. Bezzeghoud M. A. M. Silva, R. Dias e J. Mirão, CGE, University of Évora. 2.1•2.36, 36

https://www.icterra.pt/index.php/2022/03/24/a-crise-sismo-vulcanica-nas-ilhas-de-sao-jorge-no-arquipelago-dos-acores-e-o-seu-acompanhamento-pela-equipa-do-ict/


São Jorge: novas "deformações no solo" podem ser sinal de erupção. "É como a rolha de uma garrafa"

 São Jorge: novas "deformações no solo" podem ser sinal de erupção. "É como a rolha de uma garrafa"


Não se prevê, para já, nenhum sismo maior, nem nenhuma erupção "iminente", mas dados recolhidos no terreno começam a dar pistas aos especialistas

Foram detetadas "pequenas deformações no solo, que no início da semana não existiam", na zona da ilha de São Jorge "onde estão a ocorrer mais sismos". A revelação é feita à CNN Portugal por Nuno Dias, especialista em sismologia e professor no ISEL (Instituto Superior de Engenharia de Lisboa), e Pedro Terrinha, geólogo e investigador do IPMA.

Nuno Dias aponta que, nesta altura, a tendência dos sinais parece caminhar para “o lado da erupção”, mas ainda é cedo para ter a certeza. Os próximos dias serão determinantes.

São estas deformações no solo, juntamente com o mau tempo esperado na região para esta sexta-feira e sábado, que terão levado as autoridades a optar por retirar a população das fajãs do concelho das Velas, na ilha de São Jorge.

Localização de Velas na Ilha de S. Jorge

Pedro Terrinha confirmou à CNN Portugal que as equipas que estão “a monitorizar a deformação crustal encontraram alguma modificação no terreno”. Ou seja, foram detetadas “deformações localizadas numa zona específica da ilha, que é a zona onde estão a ocorrer mais sismos”, conclui. Mas ainda é cedo para saber ao certo o significado desta descoberta.

De resto, segundo Pedro Terrinha, o elevado nível de “sismicidade continua a acontecer, na mesma zona, com a mesma magnitude baixa e a mesma profundidade”. Nas últimas horas, não houve aumento da atividade sísmica, nem em quantidade, nem em intensidade.

Nuno Dias está a coordenar uma equipa no terreno, ligada ao Instituto D. Luís, que está "a instalar estações sísmicas temporárias". A chuva não está a facilitar a instalação das mesmas, mas já estão a recolher alguns dados e mais irão ser recolhidos.

O que significam estas fraturas nas rochas?

Que o magma que se movimenta por baixo da terra está a fazer pressão. “É como a rolha de uma garrafa. O gás faz pressão para a rolha saltar”, explica Nuno Dias.

No início da semana, não tinha sido detetada nenhuma alteração nos solos e agora a situação parece ter-se alterado ligeiramente. Todavia, Nuno Dias explica que as fraturas "não têm um sinal claro de magma” e estão ainda a grande profundidade, por isso, “o perigo não é iminente”.

Será possível prever o aumento do perigo?

Para tal, “é preciso juntar vários indicadores” e só “tudo conjugado” poderá dar lugar a um alerta.

“Quando se evolui para uma erupção, há uma altura em que a situação evolui mais rápido”, mas “nunca menos de um, dois dias ou algumas horas”. Facto que dará tempo às autoridades para lançar um alerta à população.

Por norma, “também poderá haver um sismo mais forte, que antecederá uma erupção”. Nunca “será de grande intensidade”, mas “em terra, um sismo de magnitude 4 já causa estragos”.

E quais são esses sinais?

“Uma maior atividade sísmica, com maior intensidade; mais e maiores deformações no solo, com sinal de magma e o aumento da emissão de gases”, explica este especialista. Nuno Dias acredita que as fraturas detetadas levaram as autoridades a pedir a retirada de alguma população e justifica: “Peca-se por excesso, mas é melhor” quando há vidas em risco.

“Os próximos dois/três dias” vão ser determinantes “para se perceber melhor para que lado a situação vai pender”, no entanto, a tendência dos sinais parece caminhar para “o lado da erupção”, assume este sismologista.

Mesmo assim, a natureza pode ser surpreendente, e é num instante que as certezas desaparecem. “Neste momento, os valores de emissão de gases estão no nível habitual”. Não houve aumento, por exemplo, “do CO2”, que seria um sinal de maior atividade vulcânica.

Este fenómeno sísmico é normal?

Segundo Nuno Dias, o que se está a passar “não é normal” e, desde domingo, que todos os especialistas da área estão a comunicar entre si. Todos querem enviar equipas e material, porque é importante estudar estes fenómenos. E ainda falta algumas equipas chegarem ao terreno.

Nuno Dias descreve a ilha de São Jorge "como um conjunto de pequenos vulcões que formam uma língua de terra”.

Esta região, dos Açores, está “numa junção tripla de placas”, o que a torna propícia a sismos. “É a junção da placa europeia, africana e americana”.

Microplaca dos Açores

Localização da Ilha de S. Jorge na Microplaca dos Açores

Apesar da região estar a viver uma situação semelhante ao que aconteceu em La Palma, nas Canárias, a sequência de eventos não tem de ser igual.

Pode uma erupção em São Jorge afetar as outras ilhas dos Açores?

“Sim”, diz Nuno Dias, “ao nível da ocorrência de sismos". "Poderá afetar mais ilhas, mas só a esse nível”. Claro que convém não esquecer que, depois, “a libertação de gases e cinzas”, consoante os ventos, também poderão produzir efeitos secundários.

Previsão de mau tempo

Esta sexta-feira (25/03), a chuva já se faz sentir na ilha e as previsões para sábado não são melhores. O tempo, conjugado com a crise sísmica, pode provocar desabamentos em São Jorge e, por isso, a população mais vulnerável foi aconselhada a sair.

Na verdade, os habitantes das fajãs do concelho das Velas, a área mais afetada, já estão a ser retirados, passando a ser proibido ir para aquelas zonas devido à crise sismovulcânica.

O que está a acontecer na Ilha de São Jorge é chamado pelos especialistas de “enxame de sismos”, um fenómeno semelhante, em alguns aspetos, ao que aconteceu em La Palma antes da erupção do vulcão.

Recorde-se que na passada quarta-feira (23/03), o CIVISA elevou o nível de alerta vulcânico na ilha de São Jorge para V4 (de um total de cinco), o que significa “possibilidade real de erupção”.

Também na quarta-feira, a Proteção Civil dos Açores ativou o Plano Regional de Emergência devido à elevada atividade sísmica que se regista em São Jorge desde sábado. Os planos de emergência municipais dos dois concelhos da ilha, Calheta e Velas, também já foram ativados.

Adaptado de https://cnnportugal.iol.pt/sismos/acores/sao-jorge-novas-deformacoes-no-solo-podem-ser-sinal-de-erupcao-e-como-a-rolha-de-uma-garrafa/20220325/623df1900cf2cc58e7ea8003


Milhares de pessoas forçadas a abandonar casas após erupção vulcânica nas Filipinas

 Milhares de pessoas forçadas a abandonar casas após erupção vulcânica nas Filipinas

Vulcão Taal em erupção - Filipinas

Esperam-se novas erupções que podem desencadear cinzas, detritos e até um tsunami

Milhares de pessoas receberam este sábado ordens para abandonar as casas nas proximidades de um vulcão, que começou a lançar cinzas e vapor de água, nas Filipinas.

O vulcão Taal, situado a cerca de 50 quilómetros a sul de Manila, entrou em erupção às 07:22 (23:33 de sexta-feira, 25/03, em Lisboa), indicou o Instituto de Vulcanologia e Sismologia filipino, em comunicado.

Outras erupções são possíveis, o que poderá desencadear fluxos vulcânicos perigosos e rápidos de gás, cinzas e detritos, bem como um tsunami, alertou o Instituto, no mesmo comunicado.

A agência sismológica recomendou "fortemente a retirada" dos residentes de comunidades vulneráveis em redor do lago, e elevou o nível de alerta de dois para três. O Taal situa-se numa pequena ilha formada no interior de um lago.

A erupção inicial foi seguida de "atividade freatomagmática quase contínua", com colunas de cinzas e vapor de água de 1.500 metros de altura.

Uma erupção freatomagmática ocorre quando rocha derretida entra em contacto com água subterrânea ou superficial, disse uma cientista da agência, comparando este tipo de erupção com o que acontece quando se deita "água num fogão quente".

Princess Cosalan acrescentou que as emissões de cinza e vapor tinham diminuído algumas horas depois da erupção inicial, mas indicou que os sensores do instituto, no local, continuavam a detetar tremores vulcânicos, sendo "possível ocorrer outra erupção".

"Há uma intrusão de magma na cratera principal que pode promover erupções sucessivas", avisou a agência.

Os residentes de cinco aldeias receberam ordens para abandonar as casas, disse o porta-voz da defesa civil regional, Kelvin John Reyes.

Mais de 12 mil pessoas vivem nestas aldeias, de acordo com os últimos dados oficiais disponíveis.

A polícia foi já destacada para impedir a entrada de pessoas nas áreas de alto risco.

Taal é um dos vulcões mais ativos do país, localizado no chamado "Anel de Fogo" do Pacífico, uma área de intensa atividade sísmica e vulcânica.

Anel de fogo do Pacífico - posição das Filipinas

Vulcão Taal nas Filipinas

O vulcão Taal situa-se numa pequena ilha formada no interior de um lago.


Vulcão Taal em erupção

O acesso à ilha vulcânica, outrora lar de vários milhares de pessoas, foi proibido em janeiro de 2020, quando uma erupção lançou cinzas, a 15 quilómetros de altura, e lava incandescente sobre dezenas de casas, matando gado, e obrigou a deslocar dezenas de milhares de pessoas.

domingo, 20 de março de 2022

Fórum Participativo: Educação Ambiental, o Desafio dos Recursos Hídricos

 

Fórum Participativo: Educação Ambiental, o Desafio dos Recursos Hídricos


LPN

Evento:

Próximo Evento

Formato

Online

Duração

3h

Horário

das 18h às 21h

22 de março de 2022 | das 18h às 21h

Inscrição gratuita

 

 O Fórum Participativo Educação Ambiental: O Desafio dos Recursos Hídricos, como o nome indicia, procura ir ao encontro de um dos grandes temas sociais da atualidade estando bem presente no momento em que o País atravessa, visto que o primeiro mês de 2022 foi o 6º mais seco desde 1931.

Por todo o planeta, as alterações climáticas, a seca e o consumo excessivo de água estão a esgotar as reservas hídricas, ameaçando a biodiversidade e a humanidade.

 

Portugal usa os recursos hídricos que tem? Quais os efeitos e impacto das secas na biodiversidade? Que exemplos têm sido efetuados de práticas de gestão sustentável da água? Qual o papel das escolas e que projetos têm sido efetuados para o Desafio dos recursos Hídricos num contexto de Alterações Climáticas?

 

Neste fórum irão apresentar-se propostas muito concretas de estratégias multidisciplinares do que poderão ser projetos de envolvimento das escolas e instituições em práticas de reutilização e uso eficiente da água e de proteção dos ecossistemas de água doce.

 

Através da divulgação de exemplos de experiências científicas e educativas, de know-how efetuadas pelas Escolas e Instituições/Organizações do pPaís tem-se como finalidade propiciar a melhoria e transferência de conhecimento para a adoção de práticas motivadoras e relevantes na Educação Ambiental para a Gestão dos Recursos Hídricos.

 

Pretende-se e proporcionar ferramentas didáticas para a realização de experiências e atividades, reforçando os pilares temáticos da ENEA – Descarbonizar a Sociedade, Tornar a Economia Circular e Valorizar o Território, em particular os ODS 6, 11, 12, 13, 15 e os pressupostos do perfil dos alunos á saída da escolaridade obrigatória de acordo com os seus Princípios especialmente no da Sustentabilidade e valores de Cidadania e Participação integra os temas do Referencial de Educação Ambiental para a Sustentabilidade com ênfase nos temas I – Sustentabilidade, Ética e Cidadania, III – Território e Paisagem; IV – Alterações Climáticas. V- biodiversidade, VII – Água e VIII – Solos. Tema I do referencial de educação ambiental e nos 3 vértices da Estratégia Nacional de Conservação da Natureza.

 

 OBJETIVOS

  • Informar e divulgar junto das comunidades escolares a importância da preservação do património água
  • Divulgar alguns recursos de educação ambiental relacionados com a temática da Água.
  • Estimular o desenvolvimento de projetos educativos sobre os ecossistemas de água doce, consumo e gestão racional da Água.
  • Promover a educação para a adopção de práticas de consumo responsável e uso mais eficiente da água.
  • Discutir e refletir numa ótica transdisciplinar sobre a Educação para o a Gestão dos Recursos Hídricos bem como os desafios e os trajetos que configura.
  • Favorecer o desenvolvimento de um conhecimento integrado e crítico que permita analisar e interpretar a complexidade que configura as questões ambientais.
  • Partilhar ideias e desafios com outros professores.
  • Discutir novas abordagens pedagógicas nos diferentes níveis de ensino.
  • Fornecer ferramentas pedagógicas e recursos educativos sobre a temática da água.

 

 CONTEÚDOS

  • Exemplos práticos multidisciplinares de projetos e atividades de Educação Ambiental para a Gestão dos recursos Hídricos e conservação da biodiversidade.
  • Conhecer e divulgar projetos relevantes realizados e em curso.
  • Importância da Proteção dos ecossistemas de água doce, do consumo, reutilização e uso eficiente da água.
  • Divulgar recursos de educação Ambiental.

  

PROGRAMA

18h | Apresentação

  • Jorge Fernandes (LPN)
  • Representante Departamento de Comunicação e Cidadania Ambiental da APA (a confirmar)

 

18h15 | Projeto Maletas de Sustentabilidade

  • Fábio Cardona (ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida)

 

18h30 | A Gestão da Água em contexto de Alterações Climáticas

  • Felisbina Quadrado (Diretora do Departamento Recursos Hídrícos da APA)

 

18h45 | Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável

  • Mafalda Leitão (CEMRI - Universidade Aberta)

 

19h | Projeto LIFE Saramugo

  • Natasha Silva (LPN)

 

Intervalo (15 MINUTOS)

 

19h30 | Projeto ECh2O

  • Susana Neto (APRH – Associação Portuguesa de Recursos Hídricos)

 

19h45 | Educação Ambiental em Ação

  • Celeste Anselmo  (EPAL)

 

20h | Projetos Educação para a Temática da Água do Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde

  • professores: Pedro Delgado/Albertina Vieira/Teresa Seixas e alunos (Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde)

 

20h15 |  Projetos sobre a Valorização da Água (AquaSaverApp, E- Shower e Smart Shower)

  • professores - Isabel Allen/Carlos Beleza/Luísa Santos e alunos do Agrupamento de Escolas da Maia

 

20h30 | Estratégias e Recursos de Educação Ambiental para os recursos Hídricos

  • Jorge Fernandes (LPN)

 

20h40 | Debate

 

21h | Encerramento

 

 

FORMADOR

Jorge Fernandes – professor destacado na LPN

 

 

PÚBLCIO-ALVO

Professores e Educadores de Infância, Técnicos de Educação Ambiental, Animadores de Tempos Livres, Animadores de Campos de Férias, Animadores de AEC´s.

 

INSCRIÇÃO gratuita e obrigatória através do preenchimento do formulário em baixo.

 

NOTA: Esta ação pode ser acreditada para os docentes como ação de curta duração pelo Centro de Formação da LPN – entidade acreditada pelo CCPFC – ENT-NI- 0175/21.

 

Para mais informações contactar para geral@lpn.pt | 925 068 990


https://www.lpn.pt/pt/agenda/forum-participativo-educacao-ambiental-o-desafio-dos-recursos-hidricos

À descoberta da Espeleologia

 À descoberta da Espeleologia





Evento:

Próximo Evento

Curso de Espeleologia (Nível 1 FPE)

Centro de Estudos e Atividades Especiais (CEAE)

O curso de nível I (norma da Federação Portuguesa de Espeleologia) é um curso de descoberta da espeleologia, que consiste na sensibilização e informação sobre a prática da espeleologia, orientadas para o conhecimento do meio subterrâneo numa perspectiva educativa.


Cada curso tem a duração de 1 dia, incluindo a visita a uma gruta. Não confere credenciação técnica.


https://www.lpn.pt/pt/agenda/a-descoberta-da-espeleologia

http://www.lpn-espeleo.org/cursos/espeleologia-nivel-i


Dia Internacional das Florestas

 

Dia Internacional das Florestas 



.2022. 

- 21 março -

“FLORESTAS: consumo e produção sustentáveis"

O mundo enfrenta atualmente desafios sem precedentes, e as alterações climáticas encontram-se entre os mais prementes de todos. Estes desafios ameaçam o bem-estar das pessoas e da natureza e exigem uma ação imediata na criação de soluções inovadoras e criativas que coloquem o mundo no caminho da paz e da prosperidade num planeta saudável.

“Escolha madeira sustentável, pelas pessoas e pelo planeta” 

Eventos
  • Inspire for the Future
    The Role of Forests in Ensuring Sustainable Production and Consumption
21 março - 15.00–19.00 GST / 12.00–16.00 CET
Tradução: ENG, FR, SP

 https://www.icnf.pt/atualidade/datascomemorativas

H2OFF - A HORA DE FECHAR A TORNEIRA É JÁ NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA!

 

H2OFF - A HORA DE FECHAR A TORNEIRA É JÁ NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA!


É no âmbito da celebração do Dia Mundial da Água, que a APDA (Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas) e respetiva Comissão Especializada de Comunicação e Educação Ambiental estão a promover, pelo segundo ano consecutivo, a iniciativa H2OFF, que desafia toda a comunidade a fechar a torneira a 22 de março, entre as 22h00 e as 23h00, num gesto deliberado e consciente.

Em curso desde fevereiro, a campanha conta já com mais de 80 parceiros a nível nacional, incluindo os arquipélagos da Madeira e dos Açores, sendo que o número se encontra numa escalada evolutiva permanente.

Também os Embaixadores, com crescimento semelhante, assumem um papel significativo na divulgação da iniciativa que, objetivamente, impulsiona à consciencialização e à mudança de comportamentos sobre o uso correto e eficiente da água, visando a proteção e preservação da mesma.

Este ano, e a pensar no impacto próspero da difusão da mensagem junto dos mais novos, foi envolvida de uma forma mais direta a comunidade escolar, tendo-se inclusive desenvolvido peças gráficas específicas para este público. Os resultados desta interação têm sido muito gratificantes.

Cartaz de apelo ao H2OFF - fecha a torneira

O apelo coletivo ao uso racional e adequado da água é urgente e diz respeito a toda a sociedade, ao Mundo… Ao Mundo cada vez mais vulnerável às alterações climáticas e consequentes fenómenos extremos, como as secas e as inundações, cada vez mais frequentes e intensas. As situações de tensão associadas à escassez de água são já uma realidade, sendo fundamental alcançar-se um equilíbrio quanto à utilização que se faz deste recurso natural, crucial à ação humana, seja no consumo individual, na agricultura, na indústria ou na produção de energia.

Junte-se a nós pela sustentabilidade do planeta!

Celebre o Dia Mundial da Água com a H2OFF! Feche a torneira a 22 de março, às 22 horas!

https://www.apda.pt/pt/noticia/3563/h2off-a-hora-de-fechar-a-torneira-e-ja-na-proxima-terca-feira/



Resposta à da Adivinha Geológica 4