domingo, 29 de novembro de 2020

Pegadas de dinossáurio de Pego Longo ao abandono


OPINIÃO [Professor Galopim de Carvalho]
artigo saído no Público, dia 15 de agosto, 2020



Esta importante jazida, classificada como Monumento Natural, em 1997, é hoje um misto de lixeira e matagal com ervas, arbustos e árvores, tudo entretanto nascido e enraizado na própria laje que contém as pegadas. A primeira batalha que travei com a Administração pela salvaguarda da jazida com pegadas de dinossáurio de Pego Longo (Sintra) na vizinhança imediata de Carenque (Amadora) durou três anos, entre 1990 e 1993, com larga participação da comunicação social. Saldou-se por uma feliz vitória, concretizada com a abertura dos dois túneis da CREL, sob a grande laje que contém as pegadas, o que custou cerca de oito milhões de euros à fazenda pública. À cautela, o Museu Nacional de História Natural, da Universidade de Lisboa, era eu, então, o diretor, procedeu à moldagem, em latex, da totalidade do trilho (132 m). De tudo isto dei pormenorizado relato no livro “Dinossáurios e a Batalha de Carenque”, Editorial Notícias, 1994. É verdade que esta penosa batalha foi ganha, salvando-se as ditas pegadas, mas, de então para cá, deixadas ao abandono, assistimos, impotentes, à sua destruição, não obstante as múltiplas insistências que intentei ao longo destes 26 anos. Em 2001, a Câmara Municipal de Sintra, ao tempo da presidência da Dr.ª Edite Estrela, aprovou o projeto do “Museu e Centro de Interpretação de Pego Longo” e, quando tudo se encaminhava no sentido da musealização do sítio, mudou a vereação do PS para o PSD e o projeto perdeu-se no fundo de uma qualquer gaveta. Esta importante jazida, classificada como Monumento Natural, em 1997 (Decreto n.º 19/97 de 5 de Maio), é hoje um misto de lixeira e matagal com ervas, arbustos e árvores, tudo entretanto nascido e enraizado na própria laje que contém as pegadas. Uma vergonha para a Câmara Municipal de Sintra e uma vergonha ainda maior para o Instituto de Conservação da Natureza (e agora das Florestas, um enorme disparate como se as florestas não fizessem parte da natureza), a quem, por lei, compete fiscalizar e zelar por este valioso património. Estamos a viver um período em que temos outras urgências bem mais gritantes, sendo de bom senso que, pelo menos, se tente travar a degradação em curso, protegendo eficazmente a jazida, na espera de melhores dias. Se mesmo isto não for feito. que se possa, ao menos, assacar responsabilidades às duas supraditas instituições.

terça-feira, 24 de novembro de 2020

A BOTÂNICA E A GEOLOGIA DO NATAL - Divulgação

TODO O UNIVERSO NA CIDADE




Seja nas ruas ou nas nossas casas, a decoração de Inverno e de Natal está cheia de elementos botânicos e geológicos… Os símbolos e ingredientes que usamos na comida e bebidas do Natal desempenham um papel importante nesta quadra …. Nesta visita, vamos explorar o significado de muita da diversidade biológica e geológica associada a esta época do ano, fazendo referência à cidade do Porto e às suas ricas coleções de história natural.

Através de um percurso pelo Jardim da Cordoaria e arredores, com o auxílio de lupas, vamos descobrir estes elementos nos locais onde surgem e ao mesmo tempo revelar algumas curiosidades e mitos a eles associados. Vamos ainda interpretar as prendas dos Reis Magos no contexto da geologia, paleontologia e botânica da região da Palestina bem como explorar alguns fósseis botânicos de ancestrais do tradicional pinheiro de Natal. Veremos como espécimes como os mantidos nas coleções Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto carregam histórias ricas e são usados em pesquisas sobre a ciência e a cultura dos símbolos e elementos de Natal.

Parceiro: Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto
Dinamizadores: Cristiana Vieira, Helena Hespanhol e João Muchagata
Ponto de encontro: Polo Central do Museu de História Natural e da Ciência  - Edifício Histórico da Reitoria da Universidade do Porto (ao Jardim da Cordoaria) | Campo dos Mártires da Pátria, 81. 4050-368 Porto

Atividade gratuita mediante inscrição – lotação máxima de 5 pessoas.

Informações e inscrições: info@mhnc.up.pt

Conheça a Programação do MUHNAC de outubro a dezembro aqui.


NOITE EUROPEIA DOS INVESTIGADORES 2020 - LISBOA - Divulgação

 Museu Nacional de História Natural e da Ciência

TODO O UNIVERSO NA CIDADE

A iniciativa decorre a 27 de novembro, entre as 15h00 e as 22h00, incluindo mais de 220 atividades online e programas locais, em Lisboa, Braga, Évora e Coimbra, com o envolvimento de cerca de 1750 investigadores a nível nacional.

A Universidade de Lisboa, através do Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC), coordena o consórcio nacional que assegura a Noite Europeia dos Investigadores 2020 em Portugal, sob o tema Ciência e Natureza.

programa nacional online e os programas locais, assim como toda a informação sobre a iniciativa de 2020, disponíveis em https://noitedosinvestigadores.org/.

Consulte a brochura de atividades nacionais aqui

Programa online de Lisboa brevemente disponível.



Semana da Ciência e da Tecnologia - Ciência Viva

Durante esta semana, 23 a 29 de novembro, o Ciência Viva vai promover a ciência que se faz em Portugal, quem a faz, como a faz e qual o seu contributo para o avanço do conhecimento, da divulgação científica e para o progresso e bem-estar da sociedade.

Siga os eventos em:

https://www.cienciaviva.pt/semanact/


Resposta à da Adivinha Geológica 4