segunda-feira, 22 de março de 2021

Cheias na Austrália

 

Cheias obrigam a retirada de 18 mil pessoas no sudeste da Austrália


As autoridades australianas declararam 38 localidades como zonas de catástrofe natural.

Por Lusa

22 de março de 2021, 06:54

As autoridades australianas disseram esta segunda-feira ter retirado cerca de 18 mil pessoas nos últimos dias, na sequência de inundações registadas na costa leste do país e consideradas as piores em mais de cinco décadas.

Pelo menos 15 mil pessoas foram retiradas da costa norte-central da Nova Gales do Sul, enquanto três mil são residentes de bairros na parte ocidental de Sidney, indicou a chefe do governo do estado da Nova Gales do Sul, Gladys Berejiklian.


Chuvas torrenciais provocam inundações na Austrália.

Muitas das áreas inundadas no auge da pandemia da covid-19 tinham sido também afetadas pelos incêndios florestais em 2019 e 2020, bem como por uma seca severa.

"Não conheço nenhum momento da história do nosso estado em que tenhamos tido este tipo de clima extremo em tão rápida sucessão de tempo e no meio de uma pandemia", disse Berejiklian aos jornalistas.

"Estamos a preparar-nos para uma semana muito difícil", acrescentou a responsável de Nova Gales do Sul, o estado mais populoso da Austrália, observando que até agora não foram relatadas mortes ou ferimentos graves.

No fim de semana, as autoridades australianas declararam 38 localidades, incluindo vários bairros na parte ocidental de Sydney, como zonas de catástrofe natural, após chuvas torrenciais que inundaram estradas e casas.

Inundações de casas e estradas

As inundações também perturbaram o transporte urbano, forçaram o encerramento de cerca de 200 escolas e isolaram algumas localidades na costa norte-central da Nova Gales do Sul, pelo que o Governo australiano não excluiu o destacamento do exército se os governos regionais assim o exigirem.

"Temos helicópteros prontos e apoios para operações de busca e salvamento", disse o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, à estação de rádio 2GB, lembrando que o Governo dará assistência financeira às pessoas afetadas por esta catástrofe.

No estado vizinho de Queensland, na fronteira com Nova Gales do Sul, chuvas torrenciais estão também a afetar a zona e as autoridades disseram temer inundações durante a semana.

A extensão dos danos das cheias em Nova Gales do Sul ainda não é conhecida, mas o chefe executivo do Conselho de Seguros da Austrália, Andrew Hall, disse que as companhias pertencentes ao organismo receberam já cinco mil comunicações, de acordo com a imprensa local.

https://www.tsf.pt/mundo/cheias-obrigam-a-retirada-de-18-mil-pessoas-no-sudeste-da-australia-13484464.html


Inundações a alta velocidade

DN/ Lusa

21 de março de 2021, 11:32


"Estamos em território desconhecido", alertou Ian Wright, especialista em hidrologia da Universidade Ocidental de Sydney, explicando que a rápida urbanização da área em redor da barragem desde 1990 significa que o excesso de água já não pode ser reabsorvido por terrenos baldios.

"O desenvolvimento urbano criou novas superfícies duras e impermeáveis e infraestruturas de drenagem. Durante chuvas fortes, isto pode gerar rapidamente inundações de alta velocidade", disse Wright no Twitter.

https://www.dn.pt/internacional/australia-ruas-de-cidades-e-aldeias-debaixo-de-agua-e-uma-casa-a-flutuar-num-rio-13480702.html


DIA MUNDIAL DA ÁGUA - 22 DE MARÇO

 ​22 DE MARÇO | 22H00 | FECHAR A TORNEIRA POR 60 MINUTOS

“…se o mundo não atuar com urgência, entre 3,5 e 4,4 mil milhões de pessoas viverão em 2050 com acesso limitado à água”

António Guterres, comemorações do Dia Mundial da Água em 2020

 


“...em Portugal, já hoje se verificam situações de escassez ou falta de água em cerca de 2/3 do País"

António Costa Silva, autor da “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2030"

O stress hídrico e a escassez de água estão na agenda política e social, constituindo uma ameaça para a humanidade, que se agravará à medida que o impacto das mudanças climáticas e a ocorrência de eventos extremos se forem acentuando, juntamente com o crescimento da urbanização e o aumento populacional.

​Vários especialistas em todo o mundo vêm emitindo alertas de que as tensões criadas com as situações de escassez de água estão a aumentar, sendo importante equilibrar a necessidade deste recurso entre irrigação, produção de energia e abastecimento de habitações e empresas. Os conflitos em torno da água estão rapidamente a tornar-se numa realidade que podemos ter de enfrentar num futuro não muito distante.

Com base neste cenário, a APDA - Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas promove, no próximo dia 22 de março, Dia Mundial da Água, às 22 horas, a HORA DE FECHAR A TORNEIRA.

Denominada por H2Off, a campanha visa impulsionar a mudança de comportamentos e apelar a uma consciencialização clara e atuante sobre o uso correto e eficiente da Água.

H2Off é fruto do trabalho desenvolvido pela CECEA - Comissão Especializada de Comunicação e Educação Ambiental da APDA, composta por profissionais da comunicação do setor da água, cujas ações estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), nomeadamente os referentes à “garantia de água potável e saneamento para todos” (Objetivo 6), “proteção do ambiente e procura da sustentabilidade nas cidades” (Objetivo 11) e ao “combate às alterações climáticas” (Objetivo 13).

Convicta de que este é momento certo para promover um movimento alargado de informação e reflexão sobre o “valor da água”, através de uma ação mediática de sensibilização a nível nacional, a APDA pretende ir além de uma iniciativa, querendo elevar o Dia Mundial da Água ao desafiar Entidades Públicas e Privadas, bem como toda a população, a concretizá-lo, através da divulgação da H2Off junto da sociedade e do País.

 

O apelo é simples:

​22 DE MARÇO | 22H00 | FECHAR A TORNEIRA POR 60 MINUTOS

 

Contamos com todos na H2Off, num contributo para um futuro sustentável.

https://www.h2off-apda.com/

A Hora do Planeta - WWF



A Hora do Planeta é um movimento global que une milhões de pessoas em todo o mundo para mostrarem o seu compromisso com o planeta. Esta iniciativa da WWF nasceu 2007, em Sidney, na Austrália, quando 2,2 milhões de pessoas e mais de 2 mil empresas apagaram as luzes por uma hora numa tomada de posição contra as alterações climáticas.

Ano após ano, a Hora do Planeta tem vindo a crescer para se tornar num movimento de sustentabilidade global com mais de 3,5 mil milhões de pessoas em 190 países e territórios a mostrarem o seu apoio a esta causa ao desligarem simbolicamente as suas luzes.

 

Ano após ano, no último sábado de março, casas, ruas, edifícios e monumentos apagam as suas luzes na Hora do Planeta, criando um impacto impossível de ignorar.

Este ano, queremos criar esse impacto no mundo digital através do primeiro “holofote virtual” da Hora do Planeta.

Como o vamos fazer? É muito simples, mas precisamos da tua ajuda!

 

👉  No dia 27 de março, às 20h30, vamos publicar nas redes sociais da ANP|WWF (FacebookInstagram e Twitter) um vídeo exclusivo da Hora do Planeta 2021. O teu papel? Partilhá-lo ao máximo, taggando a ANP|WWF  e usando as hashtags #EarthHour #HoradoPlaneta!

📲 Partilha nos teus stories, no teu feed, retweeta, envia-o por mensagem a amigos e familiares, identifica-os nos comentários dos nossos posts – a escolha é tua!

 

Mesmo com as circunstâncias atuais, temos uma oportunidade incrível para criar impacto – online e através das nossas casas.

Ao invadirmos o mundo digital com este conteúdo único, vamos fazer com que a Hora do Planeta não passe despercebida e chegue mesmo àqueles que não estão tão alerta para a crise climática.

Com a tua ajuda, podemos fazer a mensagem chegar ao máximo de pessoas, para que, todos juntos, levantemos a voz pela natureza.

 

Vamos apagar as luzes e pôr um foco no planeta, por um futuro com mais água para todos.

#ligateaoplaneta #CadaGotaConta


TUDO A POSTOS PARA A HORA DO PLANETA?


Dia 27 de março, das 20:30 às 21:30, apaga a luz e liga-te ao planeta.

Juntos, vamos criar o maior holofote virtual de sempre!


sábado, 20 de março de 2021

Vulcão entra em erupção na Islândia

 

Vulcão entra em erupção na Islândia, perto de Reiquejavique


Erupção em Fagradalsfjall segue-se a vários abalos durante as últimas semanas.


Reuters

19 de março de 2021, 23:25



Um vulcão no sudoeste da Islândia, na Península de Reykjanes, entrou em erupção esta sexta-feira, depois de milhares de abalos naquela área durante as últimas semanas, informou o departamento meteorológico do país.

Cerca de quatro horas depois da erupção inicial, que aconteceu pelas 20h45 (hora na Islândia, a mesma em Portugal continental), a lava cobria cerca de um quilómetro quadrado.



Foi a primeira erupção desde o século XII na península, localizada a sudoeste da capital Reiquejavique​. Trata-se de uma zona de atividade sísmica intensa e registou pelo menos 40 mil pequenos terramotos nas últimas semanas.

“A erupção vulcânica começou em Fagradalsfjall”, informou o Instituto Meteorológico da Islândia (IMO, na sigla em inglês) no Twitter, referindo-se a uma montanha localizada a cerca de 30 quilómetros a sudoeste da capital.


Localização do vulcão Fagradalsfjall, Islândia

(https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/03/19/vulcao-fagradalsfjall-entra-em-erupcao-na-islandia.ghtml)

As fotografias de sites de meios de comunicação locais mostraram um céu noturno com tons de um vermelho brilhante.

O tráfego aéreo de entrada e saída do Aeroporto Internacional de Keflavik foi interrompido, informou ainda o Instituto Meteorológico. Um helicóptero com pessoal científico foi destacado para avaliar a dimensão da erupção, avançou ainda o IMO à Reuters.

O departamento de Proteção Civil islandês pediu à população para se manter calma e não se aproximar do local da erupção.

Ao contrário da erupção do vulcão Eyjafjallajökull em 2010, que interrompeu cerca de 900 mil voos e obrigou a retirar centenas de islandeses das suas casas, não é esperado que esta erupção lance muitas cinzas ou fumo no ar, indicou o IMO.

https://www.publico.pt/2021/03/19/mundo/noticia/vulcao-entra-erupcao-islandia-perto-reiquejavique-1955242


Sossegado há quase 800 anos

Sismo de magnitude 7.2 no Japão

 

Japão. Levantado o alerta de tsunami depois de sismo de magnitude 7,2


por RTP

atualizado a 20 de março de 2021, 12:25

Um sismo de 7.2 na escala de Richter atingiu, este sábado, o nordeste do Japão. De acordo com a televisão pública NHK, atingiu áreas devastadas pelo terramoto de 2011 e gerou um tsunami de um metro. Inicialmente, as autoridades alertaram a população para se afastar das zonas costeiras, mas, entretanto, foi levantado o alerta de tsunami.

Localização do epicentro perto da costa Este de Honshu, Japão


De acordo com a agência meteorológica japonesa, o terramoto ocorreu às 18h09 locais (9h09 em Lisboa) perto da costa de Miyagi, a uma profundidade de 60 Km do Oceano Pacífico. Logo após o abalo, foi emitido um alerta de tsunami para a prefeitura de Miyagi, sendo a população da região advertida para se afastar das zonas costeiras.

Entretanto, as autoridades japonesas levantaram o alerta de tsunami segundo avança a CNN.

A televisão estatal NHK adianta que, minutos depois do sismo, verificou-se uma subida do nível do mar em cerca de um metro, junto à costa de Miyagi, mas não foram registadas mais ocorrências na região nordeste do arquipélago.

Devido ao alerta de tsunami, a cidade de Watari emitiu uma ordem de evacuação cobrindo 2.527 casas e 6.911 residentes. O U.S. Geological Survey (USGS) disse que o terramoto se centrou a 34 quilómetros a leste de Ishinomaki.

Não há, até agora, relatos de danos provocados pelo sismo em Miyagi e as autoridades locais estão a inspecionar as instalações nucleares da região, de acordo com a imprensa local.

A Tohoku Electric Power Co já suspendeu a central nuclear de Onagawa e está a verificar se há alguma irregularidade. Um porta-voz da Tokyo Electric Power disse à Reuters que a empresa está a avaliar as condições da estação de energia Fukushima Dai-Ichi, que foi destruída pelo grande terramoto de março de 2011, e que causou derrames nucleares e evacuações em massa.

Após o abalo, parte da região ficou sem eletricidade, adianta também a Reuters.

"De repente, o terramoto dá-se por cerca de 20 segundos", disse um oficial da cidade de Iwanuma à emissora nacional. "O tremor fez com que as coisas de uma mesa se movessem, mas não caíram, e eu senti que foi menor do que o terremoto do mês passado".

"Foi um tremor muito forte e longo, de um lado para o outro. Foi ainda mais longo do que o terramoto do mês passado, mas pelo menos o prédio aqui está bom", disse também à NHK a gerente de uma loja na cidade de Ishinomaki, na província de Miyagi.

O sismo foi sentido também na capital, Tóquio, a cerca de 300 km de distância do epicentro.

Este aviso de terramoto e tsunami chega poucos dias depois de o Japão ter assinalado os 10 anos desde o catastrófico terramoto de magnitude 9,0 de 11 de março de 2011, que desencadeou um tsunami assassino. Foi o chamado desastre triplo afetou o nordeste do Japão, incluindo Miyagi.

Recorde-se que no mês passado, a região foi abalada por outro forte terramoto que feriu dezenas de pessoas.

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/japao-levantado-o-alerta-de-tsunami-depois-de-sismo-de-magnitude-72_n1306001

https://www.publico.pt/2021/03/20/mundo/noticia/alerta-tsunami-japao-sismo-magnitude-72-1955253


sexta-feira, 19 de março de 2021

Sismo de 18 de março de 2021 em Loures

 2021-03-18 (IPMA)


Pelas 09:51 de 18 de março de 2021, ocorreu um sismo de magnitude 3,4 com epicentro a cerca de 10 km a Este de Loures. O sismo foi sentido com intensidade máxima IV (Escala de Mercalli modificada, 1956) nos concelhos de Loures, Oeiras, Sintra, Vila Franca de Xira, Odivelas, Alcochete e Barreiro, e com menor intensidade em locais situados a distâncias até próximo de 100km do epicentro.

Intensidade Instrumental

Portugal - IPMA ShakeMap : E Loures
MAR 18 2021 09:51:37 AM GMT  M 3.4  N38.84 W9.07  Depth: 13.0km   ID:2021 031809513701

Esta localização é onde provavelmente também terá sido o epicentro do sismo de 1531 com magnitude estimada de 6,7 e que gerou um tsunami verificado a Norte de Lisboa. O epicentro deste sismo situa-se também a cerca de 20 km de Benavente, onde no dia 23 de abril de 1909, às 17:05h ocorreu o sismo de Benavente que provocou elevados danos materiais, cerca de quatro dezenas de mortos e terá tido magnitude estimada (Ms) de cerca 6,1.

A carta geológica na escala 1/50 000 (LNEG) da região de Loures mostra falhas principais de direção próxima de Norte-Sul. Estas falhas resultaram inicialmente de impulsos precoces da estruturação do Oceano Atlântico no Jurássico (~150 milhões de anos) e foram reativadas durante a compressão alpina há cerca de 20 milhões de anos.
À parte destes dois eventos geológicos de grande magnitude, estas falhas continuam a ser reativadas pelo campo de tensões atual essencialmente condicionado pela colisão da África com a Península Ibérica que tem gerado sismos de grande magnitude, nomeadamente os de 1755 e 1969 e, mais perto de Lisboa, os de 1531 e de 1909.

O IPMA, no âmbito da sua missão de monitorizar e estudar a sismicidade do território português, efetuou missões experimentais com um sistema recentemente adquirido, um perfilador de sub-fundo, que permite visualizar a estrutura dos sedimentos mais superficiais e mais recentes no rio Tejo. A figura 2 permite constatar as perturbações geométricas que sedimentos muito recentes (os mais antigos com poucos milhares de anos) apresentam na região onde se verificou o sismo de 18 de março.


Estas imagens testemunham a deformação muito recente que os sedimentos do rio Tejo têm experimentado. A origem destas deformações têm certamente uma componente tectónica associada a deformação profunda, possivelmente de origem sísmica.

O mecanismo focal do sismo corresponde a um mecanismo de falha inversa com uma componente de desligamento, conforme se mostra figura 3. Esta solução sugere dois planos possíveis para a falha geradora do sismo, com orientações aproximadas NNW-SSE e NNE-SSW.




Resposta à da Adivinha Geológica 4