sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Hora da Adivinha Geológica 19/20 - 2

Hora da Adivinha Geológica 19/20 - 2

Chegou a hora de mais uma adivinha geológica. Confere o resultado e o vencedor da adivinha anterior e tenta a tua sorte neste novo desafio.

Hora da Adivinha Geológica 19/20 - 1

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Chegou a hora de mais uma adivinha geológica. Sê rápido e tenta a tua sorte neste novo desafio.



terça-feira, 19 de novembro de 2019

Artigo "A respeito de falhas..."

A respeito de falhas...

REVISTA DE CIÊNCIA ELEMENTAR, V7n03
Paulo Fonseca
DG/ Universidade de Lisboa

Geradoras de sismos, as falhas são um dos elementos mais importantes das movimentações que se verificam à superfície da Terra. Na grande maioria das vezes reportamo-nos a estes movimentos como ocorrendo em regime frágil, i.e., rompem ou partem quando não suportam mais tensão acumulada. Nestes casos, a resposta do material é libertar toda a energia acumulada, movimentando-se a falha e gerando um terramoto.
As falhas diferem das fraturas por possuírem movimentações relativas entre os blocos ou bordos da falha. As fraturas ou diaclases são apenas superfícies de anisotropia que separam dois blocos não ocorrendo movimentação entre estes.
Uma falha pode ser estruturada por 3 tipos distintos de classificação: a) quanto à geometria; b) quanto à cinemática; c) quanto à dinâmica. Se excluirmos desta aproximação a análise dinâmica, mais complexa e que integra outros postulados menos simples, vamos abordar em conjunto, nesta fase, a Geometria e a Cinemática.
Se refletirmos, desde já, um pouco, chegamos à conclusão que as superfícies de falha raramente são superfícies planas e contínuas por grandes extensões. As superfícies de falha são, assim, no geral superfícies curvas, com ondulados suaves ou mesmo muito acentuados. Quer com isto dizer que muitas vezes a geometria condiciona a cinemática de uma falha. No ESQUEMA 1 pode observar-se que nesta superfície de falha hipotética, e que apenas deseja demonstrar o que agora se escreve, uma falha (no seu estudo vertical), com a subida do bloco E em relação à descida relativa do bloco W, pode ser simultaneamente: falha normal, falha vertical com a subida do bloco E em relação ao bloco W, e falha cavalgante ou inversa. Esta classificação prende-se com os estudos simples e elementares que classificam as falhas quanto às suas geometrias e cinemáticas nestas 3 possibilidades enumeradas e representadas no ESQUEMA 2 (respetivamente da esquerda para a direita, normal, vertical e inversa).


Quanto às várias possibilidades nas componentes de movimentações horizontais faz-se apelo a um texto anteriormente editado, na revista Ciência Elementar, em que foi explicado numa representação muito simples “o Pancho”. É um boneco de traços simples que possui para além de um chapéu de abas largas e uns botins de borracha, a capacidade de se poder “colocar” em vários locais para se orientar quer em plantas, quer em perfis ou cortes. Deste modo, e para a utilização deste referencial nas componentes de movimentação horizontais, o ESQUEMA 3 é ilustrativo dos tipos de desligamento direito e esquerdo (respetivamente), quando o bloco que se encontra em frente àquele onde se encontra o boneco se desloca respetivamente para a sua direita ou para a sua esquerda.

Resta nesta fase da explicação referir que do ponto de vista geométrico e cinemático existem os nossos referenciais (os marcadores cinemáticos, estruturas como as estratificações ou corpos filonianos) onde raramente vemos apenas uma das componentes – ou a horizontal ou a vertical –, sendo que na maioria das vezes o somatório da separação vertical e horizontal comporta uma componente oblíqua, como se pode observar no ESQUEMA 4, onde se regista uma falha cavalgante ou inversa para E, com um desligamento esquerdo associado.

Quando uma das componentes de movimento não ocorre diz-se que a componente que se observa é: um desligamento direito puro (quando não existe componente vertical associado) ou uma falha normal pura (quando não se regista movimentação horizontal) ESQUEMA 5.


A restante simbologia, para além das setas que indicam os sentidos de movimentação, é igualmente de simples representação: nas representações das movimentações horizontais, as circunferências com ponto indicam que o sentido do movimento vem de encontro a nós e as circunferências com x que se deslocam no sentido para longe de nós. A analogia encontrada é a das setas no lançamento das setas para um alvo – ou vemos a seta vir direita a nós, ou vemos a seta com as “penas” a afastar-se de nós.
Já na movimentação vertical é utilizada sempre uma circunferência que abarca os dois blocos da falha, pintando-se a negro o bloco que abate e ficando a branco o bloco subido.
Acresce o desenhar um “pente” com os dentes no sentido da descida nas falhas normais, e uma sobrecarga de pequenos triângulos no bloco que cavalga sobre o bloco cavalgado nas falhas inversas.



XXXIII FEIRA INTERNACIONAL DE MINERAIS, GEMAS E FÓSSEIS

XXXIII FEIRA INTERNACIONAL DE MINERAIS, GEMAS E FÓSSEIS


Quando: 
Quinta, 5 Dezembro, 2019 - 15:00 a Domingo, 8 Dezembro, 2019 - 18:00
Onde: 
Antigo Picadeiro do Colégio dos Nobres
Este evento, que constitui desde 1988, uma grande festa do Museu e uma marca na vida cultural da cidade, reúne colecionadores e comerciantes de minerais, gemas e fósseis, oriundos de vários países da Europa, bem como um vasto público, representado por milhares de visitantes, que tem aqui uma oportunidade ímpar de adquirir ou simplesmente deleitar-se com a observação de exemplares únicos.
Horário da Feira:
- 5 dezembro: 15h00 / 20h00
- 6 dezembro: 10h00 / 20h00
- 7 dezembro: 10h00 / 20h00
- 8 dezembro: 10h00 / 18h00
Como habitualmente, paralelamente à Feira, terá lugar um programa complementar de atividades de divulgação cultural e científica destinadas a jovens e adultos, este ano sob o tema geral “Os Minerais e a Tabela Periódica”.
A relação histórica entre a Química e a Mineralogia é muito grande, a ponto de, no passado, se confundirem. Quase todos os elementos químicos naturais ocorrem em minerais. De entre estes, alguns, poucos, são elementos nativos: diamante e grafite, metais preciosos, cobre, bismuto, antimónio, arsénio e alguns mais. Só alguns destes são abundantes na crosta terrestre sob a forma nativa (sem se combinarem com outros elementos), pelo que a tabela periódica teve de esperar pelo estudo químico dos minerais, com a decomposição dos mesmos nos seus elementos constituintes. Este processo foi lento e desigual, deixando alguns elementos por descobrir (ou extrair) durante longo tempo. Isto levou a um dos factos mais notáveis no desenvolvimento do conceito da Tabela Periódica, principalmente devido a Dimitri Mendeleev: este autor deixou posições vazias na Tabela, prevendo que os seus ocupantes viriam a ser descobertos posteriormente (germânio, gálio e escândio, entre outros, descobertos em argyrodite, esfalerite e gadolinite, respetivamente).
No Ano Internacional da Tabela Periódica, as conferências da Feira não deixarão de contar algumas destas apaixonantes histórias.
6 dezembro – 16.00h 
Tabela Periódica: a obra-prima de Dimitri Mendeleev
Orador: Professora Maria José Lourenço
(Ciências ULisboa/Departamento de Química e Bioquimica)
7 dezembro – 16.00h
Minerais, Elementos e a Tabela Periódica
Orador: Professor Fernando J.A.S. Barriga
(Ciências ULisboa/IDL) 
8 dezembro – 16.00h
O silício na Mineralogia
Orador: Professor A.M. Galopim de Carvalho
(Ciências ULisboa/Museus)

LABORATÓRIOS (Espaço Feira):
5 a 8 dezembro - das 11h00 às 18h00
Laboratório de Minerais e Rochas
Atividade de divulgação em ciência e tecnologia, com a participação do Ciência Viva do Lousal - Mina de Ciência e Clube Português de Mineralogia

ATIVIDADES NO MUSEU
dezembro (das 11h30 às 13h00)
"De que é feito o Mundo? Vamos jogar com a Tabela Periódica"
Experiências divertidas para famílias com crianças a partir dos 6 anos
Atividade gratuita mediante inscrição para geral@museus.ulisboa.pt

Entrada livre na Feira dos Minerais

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Mais de mil sismos este mês nos Açores, mas situação não é anormal

Mais de mil sismos este mês nos Açores, mas situação não é anormal


Público online

Crise sísmica no arquipélago açoriano começou a 3 de novembro, numa zona relativamente distante da ilha do Faial.

Lusa, 13 de novembro de 2019, 20:51
Ilha do Faial, Açores MANUEL ROBERTO


Mais de mil sismos já foram registados perto do Faial, nos Açores, desde o início do mês de Novembro, mas esta não é, contudo, uma “situação anormal”, afirmou o presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).

“Neste momento, já passámos um milhar, mais de mil eventos registados. É uma zona [ao largo do Faial] que com alguma recorrência tem incrementos da atividade sísmica. Só este ano, 2019, este corresponde ao terceiro incremento da atividade sísmica neste setor. Não estamos a experienciar, com este incremento da atividade, algo que é diferente ou raro de acontecer”, assinalou Rui Marques. Em declarações à agência Lusa, o investigador apontou que esta não é uma situação “anormal”, tendo em conta que acontece “periodicamente”.

O presidente do CIVISA disse ainda que o início desta “crise sísmica” ocorreu a 3 de novembro, por volta das 16h locais (menos uma hora que em Portugal Continental), numa zona identificada como “sismogénica” situada num comprimento de 25 a 35 quilómetros a oeste da ilha do Faial.

“Temos duas características diferenciadoras nesta crise sísmica. Por um lado, o número de eventos num tão curto intervalo de tempo, por outro o número de eventos que foi sentido pela população até ao momento, que são 19”, afirmou Rui Marques.

O presidente do CIVISA frisou ainda que os Açores, por se situarem numa junção tripla das placas tectónicas – entre a placa euroasiática, norte-americana e africana - “Quem acompanha periodicamente o mapa de sismicidade que disponibilizamos à população, se for uma pessoa mais atenta, vai percebendo que, de quando em vez, vão havendo algumas zonas do arquipélago que têm mais atividade. Neste momento, esta zona ao largo do Faial é a zona com mais atividade.”

Rui Marques apela à população para manter a “serenidade” - “As pessoas devem manter a serenidade, fazer a sua vida normal e estar atentas às informações oficiais. Esta crise sísmica está a ocorrer relativamente distante da ilha do Faial, não estamos a falar numa crise sísmica próxima da ilha.”

O presidente do CIVISA destacou ainda que não é possível avançar com uma data para o fim da crise sísmica porque é “extremamente imprevisível”: “É impossível prever se vai acabar daqui a dois dias ou dois meses.”

Durante este período, o sismo mais intenso ocorreu a 5 de novembro, teve magnitude de 4,4 na escala de Richter e foi sentido nas três ilhas do triângulo: Faial, Pico e São Jorge. Este sismo de magnitude 4,4 foi classificado com a intensidade de IV (segundo a escala de Mercalli modificada, que vai de I a XII, aumentando conforme o grau de intensidade) nas freguesias de Matriz, Angústias, Conceição e Ribeirinha, concelho de Horta (ilha do Faial), e nas freguesias de Santo António e São Roque do Pico, concelho de São Roque do Pico (ilha do Pico).


Os sismos são classificados segundo a magnitude, de acordo com a escala de Richter, como micro (menos de 2,0), muito pequeno (2,0-2,9), pequeno (3,0-3,9), ligeiro (4,0-4,9), moderado (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grande (7,0-7,9), importante (8,0-8,9), excecional (9,0-9,9) e extremo (quando superior a 10).

terça-feira, 12 de novembro de 2019

A Terra Treme - 15 de novembro de 2019 - 11H15

A Terra Treme - 15 de novembro de 2019 - 11H15




O exercício nacional de preparação para o risco sísmico A TERRA TREME realiza-se na próxima sexta -feira, dia 15 de novembro às 11h15. Esta iniciativa é promovida pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e procura chamar a atenção para o risco sísmico e para a importância de comportamentos simples que os cidadãos devem adotar em caso de sismo, mas que podem salvar vidas. Tem a duração de apenas 1 minuto, durante o qual os participantes são convidados a participar, em qualquer local onde se encontrem, executando os 3 gestos que salvam: BAIXAR, PROTEGER E AGUARDAR.

Resposta à da Adivinha Geológica 4