segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Divulgação Debate: Estuário do Tejo - Marés de Ciência e de Educação para a sustentabilidade

Debate: Estuário do Tejo - Marés de Ciência e de Educação para a sustentabilidade

Debate: Estuário do Tejo - Marés de Ciência e de Educação para a sustentabilidade
Evento:
Próximo Evento
Data:
2 de fevereiro (sábado)
Local:
Lisboa - Auditório do Centro de Interpretação do Monsanto
Hora:
das 15h às 18h
Inserido no Dia Mundial das Zonas Húmidas, efeméride que evoca a criação, em 1971, da Convenção de Ramsar - Convenção sobre as Zonas Húmidas, a LPN promove a palestra/debate Estuário do Tejo – Marés de Ciência e de Educação para a Sustentabilidade.
Esta palestra/debate insere-se também nos objetivos da Estratégia Nacional de Educação Ambiental em especial do seu eixo temático – Valorizar o território e na implementação dos Objetivos do desenvolvimento Sustentável – (ODS) – 13 “Ação Climática”, 14 “ “Proteger a Vida Marinha” e 15 “Proteger a Vida terrestre”.
Este evento visa abordar e debater a conservação e o uso sustentável das zonas húmidas num contexto de incerteza quanto aos efeitos das alterações climáticas, em especial do Estuário do Tejo, bem como divulgar boas práticas educativas implementadas naquela que foi classificada como a primeira zona húmida em Portugal incluída na lista de Sítios Ramsar.
Para além da palestra o evento inclui uma seleção de filmagens da P&LC – documentários de natureza, das “Marés Selvagens do Tejo” apresentada numa estação de televisão.
O debate(palestra  destina-se a técnicos de ambiente, professores dos diferentes níveis de ensino, Educadores de Infância, Educadores Ambientais, Estudantes; Técnicos de ONG e Autarquias, Jovens e Público em geral.

Nota: A ação está acreditada na modalidade de curta duração para Educadores de Infância e Professores do ensino básico e secundário.
Inscrições gratuitas e obrigatórias para geral@lpn.pt ou 217780097, mencionando o nome completo e a Instituição a que pertence.
No caso de ser educador/professor do ensino básico e secundário indicar o grupo de recrutamento, escola e número do BI/CC.

 PROGRAMA
  • 14h30-15h00 Receção dos participantes
  • 15h00 – 15h30 Painel de Abertura
Sessão de Boas-vindas/mesa de abertura
Eugénio Sequeira – Presidente da Direção da LPN
Francisco Teixeira - Diretor do Departamento de Comunicação e Cidadania Ambiental da Agência Portuguesa do Ambiente (APA)
Helena Gil - Direção Geral da Educação (DGE)
João Carlos Farinha – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF)

Comunicações
Moderadora: Andreia Monteiro – professora Escola Secundária de Camarate/LPN.
  • 15h30 – 16h00 Apresentação do filme “As Marés Selvagens do Tejo”.
  • 16h00 – 16h20 Apresentação de Pedro Carvalho P&LC – Documentários de Natureza e Vida Selvagem - Produtor das séries “As Marés Selvagens do 
  • Tejo”.
  • 16h20 – 16h40 – "Estuário do Tejo – passado, presente e futuro", José Lino Costa. Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) e Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL).
  • 16H40 – 17H00 Coffee-Break/Intervalo
  • 17h00-17h20 "15538", Ricardo Espírito Santo – Reserva Natural do Estuário do Tejo - ICNF
    17h20 – 17h40 “Projeto AVenturate”, Marisa Gomes – Bióloga/Cláudia Miguel/APALV - Associação para Promoção da Aprendizagem ao Longo da Vida.
    17h40 – 18h00 Debate


Divulgação Acção de sensibilização/formação na área da Educação Ambiental

Acção de sensibilização/formação na área da Educação Ambiental
- Geologia em articulação com o Museu Geológico de Lisboa e a Liga para a Protecção da Natureza – LPN.
DIA 2 DE FEVEREIRO
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Esta visita guiada ao museu geológico de Lisboa surge da necessidade de uma melhor compreensão da Geologia e da sua relação com o ambiente. Esse conhecimento é necessário para se descortinar a dinâmica e as relações causa-efeito dos processos geológicos bem como se torna essencial para preservar o património geológico e edificado através de um conhecimento integrado necessário para um desenvolvimento sustentável. Nesse contexto importa reforçar a necessidade de maior conhecimento científico da Geologia para assegurar um acompanhamento e uma atualização periódica da vulnerabilidade e relevância dos geossítios.

O museu reúne um espólio e coleções de referência nas áreas da Paleontologia, Arqueologia e da Mineralogia. O conjunto de fósseis de dinossauros é o mais rico do Pais contribuindo para a divulgação e salvaguarda do património geológico, mineiro e arqueológico. Serão apresentadas as diferentes coleções, contextualizada no âmbito da atividade científica desenvolvida pelas comissões geológicas e organismos públicos que lhes sucederam.
Objetivos
  • Conhecer o património, a história geológica, um meio de melhor compreender os processos e a dinâmica do Planeta.
  • Promover o conhecimento e a divulgação científica da Geologia tendo em vista a proteção dos Geossítios.
  • Reconhecer as implicações geológicas decorrentes das alterações globais.
  • Sensibilizar para a defesa do património geológico e cultural.
Horário;
das 10h00m às 12h 30m
Local
Partida e chegada na porta do Museu Geológico de Lisboa – Rua da Academia das Ciências, nº 19, 2º - 1249-280 Lisboa.
Coordenadas: 38.713438, -9.149792
Ver no Mapa
Destinatários
Associados da LPN e público em geral.
Nota: No caso de serem professores, esta ação é acreditada para todos os docentes que nela participem como ação de curta duração pelo Centro de Formação da LPN.

Inscrições gratuitas e obrigatórias (limitadas ao número de participantes) para geral@lpn.pt | 21778009
Jorge Fernandes
Professor destacado na LPN

https://docs.google.com/uc?export=download&id=1mprBflx3A82s2Hm6gvBt5KJthAOSaLJw&revid=0B-tn1YKyM91eMXBwUzVucFNGaml1L01zUUxqaWM1SkFpVDF3PQ

SEDE NACIONAL
Estrada do Calhariz de Benfica, 187
1500-124 Lisboa – Portugal
T: +351 21 778 00 97 | F: +351 21 778 32 08 | TLM: +351 964 656 033
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sábado, 19 de janeiro de 2019

Divulgação

Centro Ciência Viva de Constância aberto durante a noite para observação do eclipse da Lua


Text


Caro (a) Amigo (a),

O Centro Ciência Viva de Constância - Parque de Astronomia vai estar aberto na noite de 20para 21 de Janeiro, entre as 03.00 e as 07.00, para acompanhar o eclipse total da Lua, com observações e registos de imagens das diferentes fases do fenómeno.

Às 03:30 da madrugada de segunda-feira, dia 21, a Lua começará a esconder-se na sombra que a Terra projecta no espaço, ficando completamente eclipsada às 04:40. Às 05:40 terminará a fase de totalidade do eclipse e a Lua sairá progressivamente da sombra, ficando completamente destapada às 06:50.


Às cinco da manhã - com a Lua já perto do horizonte, a Oeste, dois planetas irão surgir a Este, como que a pedirem a atenção de algum telescópio: Vénus, para vermos em que fase se encontra, e Júpiter, a mostrar as suas quatro luas principais (Io, Europa, Ganimedes e Calisto).


Se o céu estiver nublado, haverá "Conversas com imagens" sobre os eclipses lunares (às 03:30) e uma sessão de planetário (às 04:30) com a simulação do eclipse lunar em curso, dinamizadas pela equipa do Centro Ciência Viva e pelo seu director, o astrónomo Máximo Ferreira. 

Para fazer frente a esta maratona de horas e ao sono, será servido chá e bolos aos visitantes mais resistentes.


Estrategicamente situado no Alto de Santa Bárbara, com uma excepcional vista panorâmica e um céu nocturno de grande qualidade, o Centro Ciência Viva de Constância tem como principal missão divulgar a ciência através da astronomia.


Está aberto todos os sábados para observações nocturnas à vista desarmada com binóculos e telescópios (no Inverno, entre as 20:30 às 22:30, e no Verão, das 21:00 às 23:00).
Imagem © NASA/Rami Daud

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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Sismo na ilha açoriana de São Miguel

Sismo com magnitude de 2,8 sentido na ilha açoriana de São Miguel

Observador
17/01/2019

Um sismo com magnitude 2,8 na escala de Richter foi sentido no concelho de Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel, segundo o Centro de Informação e Vigilância Sismolvulcânica dos Açores.


Um sismo com magnitude 2,8 na escala de Richter foi sentido esta quarta-feira no concelho de Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel, informou em comunicado o Centro de Informação e Vigilância Sismolvulcânica dos Açores (CIVISA).
Segundo o CIVISA, o sismo foi registado às 16h40 locais (mais uma hora em Lisboa) e teve epicentro a cerca de seis quilómetros a sul-sudoeste de São Brás.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Exposição "As Formas do Cobre"

Exposição "As Formas do Cobre"


INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AS FORMAS DO COBRE

O cobre é um elemento químico (Cu) metálico de cor vermelha-pálida, maleável, dúctil e relativamente macio. Na Natureza, o cobre encontra-se no estado puro – nativo – ou em minerais, mais ou menos complexos, pertencentes a várias outras classes.
A exposição fotográfica “AS FORMAS DO COBRE” pretende apresentar a diversidade do mundo mineral, com recurso a FORMAS inovadoras de ver FORMAS da natureza que condicionam FORMAS de sociedade.
Pedro Nuno Alves nasceu em Monção, no norte de Portugal. O gosto pela mineralogia começou muito cedo. Com apenas 3 anos de idade já colecionava cristais de quartzo. Muitos foram os anos dedicados à mineralogia e, a passagem de mineralogista amador para mineralogista profissional foi apenas uma questão de tempo. Pedro Nuno Alves produz todas as fotomicrografias dos minerais que ilustram os seus trabalhos. A exposição ”As Formas do Cobre” representa apenas uma ínfima parte das extraordinárias fotomicrografias que o autor obtém a um ritmo quase diário. Atualmente é também diretor de uma publicação especializada sobre mineralogia – ACOPIOS, a primeira revista sobre mineralogia topográfica escrita em português.
A exposição “As Formas do Cobre” inaugura, no próximo dia 17 de Janeiro, pelas 10:30, no espaço de exposições temporárias do Centro Ciência Viva do Lousal, contando com a presença do autor e a participação especial do Prof. Galopim de Carvalho.
Entrada Livre. Não falte.
Inscrições através dos seguintes contactos:
info@lousal.cienciaviva.pt
+351 269 750 520/522

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Artigo "O estudo do mar profundo nos Açores "

revista My Plan - Sata - Azores airlines

Os Açores, na sua localização Atlântica e tendo em conta a origem vulcânica, estão rodeados por elevadas profundidades que atingem, em média, cerca de 2.500 m. Estamos rodeados por parte do maior e menos conhecido ecossistema do planeta: O oceano profundo, um mundo que, a partir dos 200 metros deixa de ter luz e onde os seus habitantes estão sujeitos a pressões elevadíssimas ao ritmo de 1 atmosfera por cada 10m. Apenas conhecemos cerca de 1% desta imensidão onde existem sistemas de produção primária totalmente independentes da luz solar – as  hidrotermais de profundidade onde bactérias termófilas iniciam





um processo de produção a partir de energia química proveniente do vulcanismo submarino ou de depósitos de hidrocarbonetos. Terá sido, provavelmente, desta forma que sugiram as primeiras formas de vida na Terra há mais de 3.500 milhões de anos. E como estudar as profundidades? O mergulho em apneia permite conhecer com eficiência os litorais e as suas zonas menos profundas até pouco mais de 20 metros. Percorrem-se longas distâncias pelos melhores apneistas e caçadores submarinos, mas é no escafandro autónomo, com ar comprimido, que a fronteira se alargou para o dobro com um limite de segurança médio que em pouco ultrapassa os 40 m. As misturas de Hélio, os rebreathers e outras tecnologias permitem mergulhar a mais de 200m embora com elevados custos, riscos e um número limitado de mergulhadores suficientemente treinados para o fazer. Restam-nos os submergíveis e, mesmo assim, o seu número é igualmente reduzido, os custos imensos e a capacidade de operarem em áreas maiores limitada. A evolução da tecnologia oceanográfica para obtenção remota de dados tem permitido um crescimento exponencial do conhecimento que temos desta vasta área que rodeia este Arquipélago, mas é certamente a noção do muito que temos por conhecer que nos entusiasma, como cientistas, a descer ainda mais e, se possível, a “viver” sob as ondas do “Mundo do Silêncio” sobre o qual sabemos menos do que sobre a superfície lunar.  

Erupção vulcão Anak Krakatau na Indonésia

Imagens impressionantes da erupção vulcânica que causou tsunami na Indonésia

SIC Notícias
27/12/2018

Autoridades elevaram nível de alerta do vulcão Anak Krakatau.

As autoridades indonésias elevaram hoje, 27/12/2018 o nível de alerta do vulcão Anak Krakatau, cinco dias depois da sua erupção ter originado um tsunami que causou pelo menos 430 mortos, 159 desaparecidos e mais de 22 mil desalojados.

Imagens da erupção captadas em vídeo mostram um cenário quase cataclísmico.




Erupção do Etna

Vulcão Etna entra em erupção e desperta a ilha italiana


Veja o vídeo da erupção do vulcão Etna, na ilha da Sicília, em Itália, que entrou em erupção segunda-feira, 24/12/2018.
O primeiro tremor vulcânico foi detetado esta segunda feira de manhã por volta 11 horas locais. Depois desse primeiro sismo vulcânico, foram resgistados mais seis sismos de baixa magnitude e quase 100 no total.
O Etna é o vulcão mais alto da Europa. Conhecido pelas frequentes erupções, é um vulcão ativo em constante crescimento. A cidade mais próxima do epicentro sísmico vulcânico é Zafferana Etnea, a qual fica a 11 km.
Por enquanto a libertação de lava e gases escuros não assusta a população mas as próximas horas avizinham-se imprevisíveis.
O Aeroporto de Catânia esteve fechado mas já reabriu com limites. Não há registo de feridos.

Artigo "Rochas magmáticas ou ígneas"

REVISTA DE CIÊNCIA ELEMENTAR - CASA DAS CIÊNCIAS Vol6/N4

Rochas magmáticas ou ígneas
A. M. Galopim de Carvalho
Universidade de Lisboa


Os geólogos sabem que Terra se estuda nas rochas e, daí, o seu grande interesse no estudo destas entidades naturais construtoras da capa mais externa do planeta, a que deram o nome de litosfera (do grego lithós, pedra, rocha, e sphaira, esfera). Entendida como o conjunto da crosta com a parte superior rígida (rochosa) do manto superior, a litosfera resultou de um processo de diferenciação e solidificação de uma espécie de “oceano” de magma, que se seguiu à acreção do planeta. Assim sendo, o estudo das rochas deve começar pelas magmáticas ou ígneas pois foram as primeiras a ser geradas na Terra. Designamo-las magmáticas porque nasceram do arrefecimento e consequente solidificação de magma. O magma é, pois, um material ígneo (do grego, igneus, incandescente, em fogo) e assim podemos usar a expressão rocha ígnea, sinónima de rocha magmática. Grande parte das rochas magmáticas ou ígneas como, por exemplo, o granito, o sienito, o diorito, o gabro e muitas outras são geradas em profundidade na crosta ou no manto, e, por tal razão, designam-se também por rochas plutónicas (Plutão, o deus das profundezas, na mitologia Romana). As rochas plutónicas também designadas por rochas intrusivas, pois os magmas instalam-se, de modo mais ou menos forçado, em rochas mais antigas a profundidades dentro da crosta terrestre, e que depois solidificam lentamente abaixo da superfície, embora possam ser posteriormente expostas pela erosão (FIGURA 1). As rochas vulcânicas ou extrusivas, como os basaltos, resultam da consolidação de magmas que brotam à superfície (FIGURA 2). Relativamente aos granitos e às outras rochas plutónicas, nunca ninguém viu o seu carácter magmático ou ígneo, mas tal deduz-se a partir de muitas observações, quer no terreno quer no laboratório. É muito frequente, entre nós e em muitos manuais de ensino, o uso da expressão rocha eruptiva como sinónima daquelas duas. Contudo, se é correto usar indiferentemente as expressões rocha magmática e rocha ígnea, já não o é adjetivá-las todas por eruptivas, pois este último qualificativo pressupõe a origem numa qualquer erupção vulcânica (de Vulcano, o deus do fogo, na mitologia romana), o que nem sempre é o caso. Todas são magmáticas ou ígneas, mas só as vulcânicas são eruptivas.

FIGURA 1. Nesta fotografia, tirada nas imediações da Capela de São Pedro do Campo, Serra de Montemuro, observam-se diaclases no afloramento granítico, com instalação de vegetação. A servir de escala encontra-se uma mala com 20x17x18 cm. (fonte: banco de imagens da Casa das Ciências)

Sabe-se também que nunca as rochas plutónicas resultaram de qualquer atividade eruptiva. Assim, chamar eruptivas a rochas como os granitos e outras, arrefecidas e solidificadas em profundidade é abusivo e incorreto. Só as rochas vulcânicas são, pois, passíveis de uma tal adjetivação, uma vez que, com origem no latim, eruptio, -onis, o termo erupção implica a ideia de extrusão, expulsão, saída do interior para o exterior. A expressão rocha eruptiva tem predominado entre nós, tanto nos textos da especialidade como nos manuais de ensino que, naturalmente, naqueles se basearam e baseiam. Uma tal situação reflete uma época de forte influência, à escala internacional, dos autores de língua alemã, pioneiros na petrografia, na viragem do século XIX ao XX, como W. C. Brögger, R. Blum, C. Gagel, P. Niggli, F. Zirkel, H. Rosenbusch e A. Osann, em cujos textos a expressão Eruptivgestein se aplica também às rochas plutónicas (não eruptivas). No que nos diz respeito, o uso da expressão rocha eruptiva, como sinónima de rochas magmáticas ou ígneas, reflete, sobretudo, a influência dos petrógrafos de língua francesa, como se pode verificar nos textos de autores consagrados como A. Lacroix, J. Jung, R. ARTIGO 15 Brousse, E. Raguin, F. Rinne, A. Michel-Lévy, F. Fouqué, entre outros, durante os últimos anos do século XIX e da primeira metade do século XX, que, como os alemães, sempre privilegiaram a designação eruptive. E, como não podia deixar de ser, os petrólogos e petrógrafos portugueses não fugiram a esta influência, numa época de francofonia dominante. Nesta reflexão deve recordar-se o papel dos pioneiros da petrografia em Portugal, no último quartel do século XIX, Pacheco Canto e Castro, J. Rego de Lima e V. Souza-Brandão. Os dois primeiros estudaram em Paris, com F. Fouqué (1828-1904), o vulto grande da petrografia em França. O terceiro, além de ter estudado na École de Mines, de Paris, cursou engenharia, na Academia de Minas de Freiberga. O mérito da obra que nos deixou escrita em língua alemã, com particular incidência nas Eruptivegestein, reforçou o peso da expressão rocha eruptiva na terminologia usada pelos petrógrafos portugueses que se lhe seguiram.

FIGURA 2. Espessa escoada basáltica com disjunção prismática subparalela, formando um importante ressalto na topografia e contendo uma cascata (não ativa na altura em que a foto foi obtida apesar da coloração esbranquiçada poder sugerir o contrário). O corte dos prismas na base do ressalto e na linha de água a montante motivou a recente designação de Calçada de Gigantes (Santa Maria, Açores). (fonte: banco de imagens da Casa das Ciências) 

Há autores que, apesar de tudo, continuam a defender a manutenção da expressão rocha eruptiva no sentido clássico, isto é, como sinónimo de rocha magmática ou rocha ígnea. Mas, esta não é a posição atualmente mais consensual em autores de língua inglesa, onde a dita expressão tem vindo a cair em desuso. É também esta a posição (implícita) da Subcomissão para a “Sistemática das Rochas Ígneas” da International Union of Geological Sciences (1989).



Resposta à da Adivinha Geológica 4