quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

28 de fevereiro de 1969: a noite em que Portugal tremeu para reavivar o risco

28 de fevereiro de 1969: a noite em que Portugal tremeu para reavivar o risco


RTP Notícias


No último dia de fevereiro de 1969, os portugueses acordaram sobressaltados. Um terramoto de magnitude 7,9 na escala de Richter interrompeu a noite, com especial veemência na região algarvia. O último sismo a assustar Portugal destruiu, mas esteve longe do potencial de devastação a que o país está sujeito. “Foi um aperitivo”, avisa o investigador Mário Lopes.

Inesperado como o são sempre. Assolador como não acontecia havia décadas. Na madrugada de 28 de fevereiro de 1969, o continente tremeu e espalhou-se o pânico. 


Como nenhum outro desde então, o terramoto de magnitude 7,9 na escala de Richter provocou estragos, arrasou uma aldeia, deu azo a um pequeno tsunami e provocou 13 vítimas mortais, duas das quais consideradas vítimas diretas do abalo.


O sismo foi sentido em Marrocos, mas também em Bordéus e nas Canárias. Em Portugal, o Algarve foi a região mais afetada. Era também a que estava mais próxima do epicentro, localizado a cerca de 200 quilómetros a sudoeste de Sagres.


“Ao sair para a rua, trouxe um filho nos braços e o meu marido trouxe outro. Quando caiu a casa, fomos os primeiros a sair. Depois começámos a gritar e as pessoas começaram todas a sair para a rua. Começámos a ir aqui pelo povo e as casas todas a cair”, confessou Leonilde Jesus à RTP em 2008. 

Em 1969, Leonilde morava em Bensafrim, no concelho de Lagos, uma das localidades mais afetadas. “Estava uma noite boa, ninguém pensava que ia haver um tremor de terra”, recordou. Segundo o IPMA, mais de 20 casas desta localidade algarvia acabaram por ruir. 

O sentimento terá sido semelhante um pouco por todo o Barlavento algarvio. As localidades de Vila do Bispo, Portimão, Bensafrim e Castro Marim foram das mais afetadas do país. A maior intensidade foi registada na ponta de Sagres: nível VIII, Ruinoso.

“É uma coisa horrível mas uma coisa mesmo horrível. É um barulho e trabalha as paredes com uma velocidade. Não sei como não arrasou mais”, assinalou António Teixeira à RTP em 2008.
Em Lisboa, o sismo foi sentido com intensidade VI na escala de Mercalli. Ou seja, um terramoto “bastante forte” que é “sentido por todos” e motiva o pânico entre a população. “Os pratos, as louças, os vidros das janelas, os copos partem-se” e “os quadros caem das paredes. As mobílias movem-se ou tombam”. Há registo da queda de chaminés, da destruição de carros pela queda de paredes e de meia centena de feridos. 

“Foi assustador. Vivi esse sismo, tinha nove anos, a cama andava de um lado para o outro, os pratos caíam dos armários, as pessoas estavam cheias de medo. Vínhamos para a rua em roupa interior”, explica Mário Lopes. Era ainda uma criança quando a terra tremeu em 1969 e estava longe de ter o conhecimento que tem hoje. É investigador do Instituto Superior Técnico e foi presidente durante mais de uma década da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica.
O conhecimento que tem hoje permite-lhe desvalorizar o outrora “assustador” fenómeno de 1969. Mário Lopes sabe bem que Lisboa pode sofrer terramotos muito piores.

“O sismo de 1969 foi fraquinho. Em termos das acelerações que se sentiram em Lisboa, foi cerca de dez por cento da capacidade de resistência dos edifícios prevista pela regulamentação atual”, analisa com a distância do tempo e o conhecimento adquirido ao longo das últimas décadas. Vê-o como uma forma de alerta. “Aquilo, como sismo, foi um aperitivo. Foi para nos lembrarmos que há aqui sismos”, avisa.

"Uma noite terrível." Cinquenta anos depois, Algarve recorda sismo de 1969

"Uma noite terrível." Cinquenta anos depois, Algarve recorda sismo de 1969


TSF
rádio notícias

27 DE FEVEREIRO DE 2019 - 18:07


O sismo de 1969 aconteceu há 50 anos e o Algarve foi uma das zonas afetadas.

Foto: Arquivo Global Imagens

No dia 28 de fevereiro de 1969 a terra tremeu. O Algarve e Lisboa foram as zonas mais afetadas pelo terramoto que atingiu os 7,9 na escala de Richter. Em Bensafrim, no concelho de Lagos, houve pessoas que ficaram sem casa. O Presidente da República vai esta quinta-feira à Fortaleza de Sagres a uma cerimónia de evocação dos 50 anos do sismo.
José Nascimento lembra-se bem dessa noite. "Estávamos a descansar e 'vrum', aquilo tremeu por todo o lado." Foi o pânico. Também Judite tem memórias bem vivas. Tinha na altura 24 anos e recorda-se do medo que assolou a população de Bensafrim." Senti tudo a abanar, levantámo-nos em pânico, toda a gente saiu para a rua deixando as portas abertas", conta. Inúmeras casas ficaram destruídas e a sorte de muita gente foi ter saído para a rua. Almerinda Bárbara conta-se entre essas pessoas. Lembra que estava "tudo na rua a gritar " Ai Meu Deus, que isto é o fim do mundo".Pessoas em camisa de dormir ou apenas enroladas num lençol, como Manuel Pacheco, apanhado de surpresa pelo terramoto.
No dia 28 de fevereiro de 1969 Eugénia Santos tinha apenas 8 anos e recorda-se que "as réplicas foram sucessivas nos dias seguintes".
Diz-se que os animais pressentem os sismos e Joaquim Bernardo, hoje com quase 88 anos e que na altura vivia numa zona rural, tem provas disso." Até as galinhas tinham medo e o gado alvoraçou-se todo", conta. Uma coisa do outro mundo, diz a população em que, além do forte abanão, se viu também um clarão de luz, " como se fosse dia".
Muitas pessoas ficaram sem teto e, na altura, a Bensafrim deslocou-se o então primeiro-ministro Marcelo Caetano. Posteriormente as pessoas foram alojadas em casas de madeira e só mais tarde se construiu um novo bairro.
José Nascimento ainda se recorda que para muita gente o sismo teve consequências graves e representou um grande sofrimento." Muitas famílias ficaram sem alojamento, sem nada de nada",lastima.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Gazeta Geológica AESO ed1, vol2

Gazeta Geológica 1ª Edição, Volume 2








Deriva dos Continentes


Teoria da deriva dos continentes
A teoria da deriva dos continentes, teoria proposta por Alfred Wegener (1880-1930) é suportada por dados morfológicos, paleontológicos, paleoclimáticos e litológicos. Esta teoria defende a mobilidade dos continentes, sem contudo conseguir explicar as forças responsáveis por tais deslocações. O vídeo seguinte retrata esta teoria.




Hayabusa 2 vai disparar dois tiros contra um asteroide


Hayabusa 2 vai disparar dois tiros contra um asteroide

Exame Informática
Ciência
20/02/2019
A nave japonesa deve aterrar na superfície do asteroide Ryugu a 22 de fevereiro e disparar dois tiros para levantar poeiras que vai recolher para análise.


A Hayabusa original é a única nave a ter conseguido recolher material de um asteroide e regressado à Terra. O Japão voltou a apostar na mesma abordagem e criou uma segunda versão que devia ter chegado ao asteroide em outubro do ano passado No entanto, novas descobertas sobre a composição da superfície a explorar conduziram ao adiamento da aterragem. Desde então até agora, a equipa de cientistas esteve a testar o sistema de recolha com pedaços de solo maiores com peças suplentes que foram construídas.
Agora, a nave deve aterrar na superfície a 22 de fevereiro e o início da mineração começa com o disparo de dois projéteis para levantar poeiras e pedaços que serão colhidos para análise, noticia o Technology Review.
Mais à frente, os investigadores planeiam lançar um terceiro projétil, maior e que consiga levantar ainda mais partículas e pedaços que possam ser recolhidos.
A equipa espera que a Hayabusa 2 esteja de volta à Terra em 2020 com as amostras para análise.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Hora da Adivinha Geológica 4

Hora da Adivinha Geológica 4

Chegou a hora de mais uma adivinha geológica. Confere o resultado e o vencedor da adivinha anterior e tenta a tua sorte neste novo desafio.


Divulgação - Exposição Plástico no mar: despertar para mudar

Exposição Plástico no mar: despertar para mudar

Que plástico é este? | Vê-se, ou não se vê?
Que caminhos percorre até chegar até ao mar?

No próximo sábado, dia 16 de fevereiro, estaremos no Museu Oceanográfico localizado no Portinho da Arrábida - no coração do Parque Natural - para dar a conhecer mais sobre este tema através de uma nova exposição temporária.

Esta exposição colaborativa integra fotografias de microplásticos de Filipa Bessa, investigadora vencedora de um prémio mundial das Nações Unidas para o ambiente, esculturas feitas com 70 000 beatas de cigarro resultantes da colaboração da artista plástica setubalense Ana Quintino com o grupo Feel4Planet, e uma peça do talentoso artista plástico Xicogaivota (Ricardo Ramos).

O museu tem entrada gratuita na inauguração desta exposição, que será no próximo dia 16 de fevereiro, às 16h00.

Visite a exposição de 16 fevereiro a 30 de março.

Horário do museu: 3ªf a 6ªf das 10h às 16h; sábados das 15h às 18h; encerra aos Domingos, 2ªf e feriados

Esta exposição é organizada no âmbito do projeto Inforbiomares, promovido pela LPN - Liga para a Protecção da Natureza e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas com parceria do MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente ISPA - Instituto Universitário, e Centro de Ciencias do Mar (CCMAR) Universidade do Algarve UAlg. Este projecto é cofinanciado pelo POSEUR, Portugal2020, União Europeia e SECIL.

Resposta à da Adivinha Geológica 4