terça-feira, 28 de setembro de 2021

Sismo de magnitude 5,8 atinge a ilha de Creta, na Grécia. Um homem morreu e há pelo menos nove feridos

 

Sismo de magnitude 5,8 atinge a ilha de Creta, na Grécia. Um homem morreu e há pelo menos nove feridos


Observador, 27/09/2021

Um sismo de magnitude 5,8 atinge a ilha de Creta, na Grécia, segundo o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico. Inicialmente, a magnitude foi calculada em 6,5. Há uma vítima mortal.


     Imagem de Harry Nakos/AP

Um sismo de magnitude 5,8 atinge a ilha de Creta, na Grécia, segundo o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico, que inicialmente calculou a magnitude em 6,5 (a United States Geological Survey estima 6,0). Segundo agências noticiosas como a Reuters, há uma vítima mortal e vários feridos.

O epicentro do sismo foi a 23 quilómetros a noroeste de Arvi, a uma profundidade de 10 quilómetros. O homem que morreu estava nas imediações de uma capela antiga em Arkaloxori, cerca de 30 quilómetros da principal cidade da ilha de Creta, Heraclião. Estavam a decorrer trabalhos de recuperação do edifício que, agora, se transformou em ruínas.

   Imagem retirada de https://www.rfi.fr/pt/mundo/20210927-gr%C3%A9cia-sismo-de-magnitude-5-8-atinge-ilha-de-creta-e-faz-pelo-menos-1-morto


Além dessa vítima, houve danos materiais e, segundo a Reuters, há duas pessoas que estão presas em outros edifícios que colapsaram. As autoridades contam, pelo menos, nove pessoas feridas.

Após o sismo maior, houve uma série de réplicas com alguma intensidade, incluindo uma com magnitude de EMSC.

“No momento, tivemos danos a prédios antigos e as pessoas saíram para as ruas”, disse Yannis Leontarakis, funcionário da Proteção Civil na ilha, à televisão pública ERT.

Até agora, as imagens divulgadas pela ERT mostraram danos, em particular o desabamento de casas antigas em Arkaloxori, em Creta, próximo de Heraclião. Nas redes sociais também já surgiram imagens amadoras que mostram o momento do terramoto.

A Grécia é atravessada por falhas geológicas importantes e os terramotos são frequentes. Em 30 de outubro de 2020, um sismo de magnitude 7.0 na escala de Richter sacudiu o Mar Egeu entre a ilha grega de Samos e a cidade turca de Esmirna, matando duas pessoas em Samos e 114 na Turquia.

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Vulcão das Ilhas Canárias entra em erupção pela primeira vez em 50 anos

 

Vulcão das Ilhas Canárias entra em erupção pela primeira vez em 50 anos

Este despertar é o mais recente de uma série de erupções em forma de fissura que datam de há séculos na ilha espanhola de La Palma. Os especialistas dizem que a erupção pode durar semanas.

PUBLICADO 22/09/2021, 11:07



     Lava flui após a erupção do vulcão Cumbre Vieja em La Palma, nas Ilhas Canárias. Este       evento marca a primeira vez que o Cumbre Vieja entra em erupção desde 1971.

   FOTOGRAFIA DE ARTURO RODRÍGUEZ

O vulcão Cumbre Vieja na ilha espanhola de La Palma costuma dar sinais da sua presença, mas não cospe lava desde 1971. Às 15h12, hora local, do dia 19 de setembro, o magma ascendente abriu várias fissuras nos flancos ocidentais, dando origem a uma erupção extravagante.

Visto ao longe, parece espetacular. Fontes vertiginosas de lava com mais de 1.000 graus Celsius projetam-se em direção ao céu, atingindo alturas de até 1.500 metros – quase o dobro da altura do Burj Khalifa, o arranha-céus mais alto do mundo. Por baixo, rios entrelaçados de rocha derretida jorram pelas fissuras como se fossem sangue a sair de uma ferida aberta.

    A ilha de La Palma faz parte das Ilhas Canárias espanholas e é uma das zonas com mais atividade         vulcânica do arquipélago. Esta ilha é o lar de mais de 85.000 pessoas.

  FOTOGRAFIA DE ARTURO RODRÍGUEZ


Localizada a quase 500 quilómetros da ilha da Madeira no Oceano Atlântico, La Palma só existe porque um ponto de foco vulcânico há muito que elevou terra sobre as ondas nesta zona, formando o arquipélago conhecido por Ilhas Canárias. Este maçarico superaquecido de longa duração no interior do manto subjacente criou oito ilhas principais que têm ecossistemas deliciosamente variados, desde florestas subtropicais a desertos. Em La Palma, as montanhas altas oferecem as condições ideais para a observação de estrelas sem nuvens, razão pela qual a ilha abriga um importante observatório europeu.

 

Mas, tal como esta nova erupção demonstra, “o preço e o privilégio de viver numa pequena ilha maravilhosa é, neste caso, a sua história geológica”, diz Helen Robinson, geocientista da Universidade de Glasgow, que trabalhou na equipa de monitorização do Cumbre Vieja em 2015.

 

O Cumbre Vieja é uma estrutura vulcânica altamente ativa e, nos últimos 7.000 anos, teve uma infinidade de erupções numa cordilheira com orientação norte-sul – um eixo cicatrizado e marcado por fissuras, crateras e fendas. Desde o século XV, diversos fluxos de lava danificaram edifícios e arrastaram-se até ao mar. Geralmente, os fluxos de lava emergem das fissuras, um evento semelhante ao que acontece com muitos vulcões de todo o planeta, desde o Kīlauea do Havai até à erupção em curso na península de Reykjanes, na Islândia.

 

É difícil determinar durante quanto tempo é que a lava irá permanecer uma ameaça. As erupções em La Palma podem durar de algumas semanas até vários meses. “A única maneira de o saber é descobrindo o volume total do magma passível de erupção que está sob Cumbre Vieja”, diz Pablo J. González, físico vulcanólogo do Conselho Nacional de Pesquisa Espanhol em Tenerife. “Mas desconhecemos essa informação.”

 

As alterações na estrutura do vulcão e o reverberar sísmico dos seus terramotos podem revelar a resposta para esta pergunta tão importante. Porém, apesar de estar sob um forte escrutínio científico, é pouco provável que o Cumbre Vieja revele os seus segredos assim tão facilmente.


A erupção mais recente foi precedida por vários sismos. A monitorização cuidadosa permitiu às autoridades iniciar algumas evacuações antes de a lava começar a fluir.

FOTOGRAFIA DE ARTURO RODRÍGUEZ


Ameaça crescente

La Palma, a ilha mais a noroeste das Canárias, é uma quimera vulcânica: uma mistura de várias estruturas vulcânicas, grandes e pequenas. Na região sul podemos encontrar Cumbre Vieja – ou “Cume Velho” – que, apesar do nome, é um dos irmãos mais novos, datando de há 125.000 anos. A última erupção deste vulcão surgiu de um pequeno cone chamado Teneguia em 1971. Mas isso não significa que Cumbre Vieja tenha ficado adormecido desde então.

 

De acordo com Itahiza Domínguez Cerdeña, sismóloga do Instituto National Geographic, em Tenerife, desde outubro de 2017 registaram-se nove enxames de terramotos – centenas de estrondos a acontecer na mesma área em sucessão – a cerca de 30 quilómetros abaixo do vulcão.

 

Há uma semana, estes sismos estavam a acontecer a apenas 11 quilómetros de profundidade e, nos últimos dias, os sismos surgiam logo abaixo da superfície. Desde o dia 10 até ao 19 de setembro foram registados 25.000 sismos, a maioria impercetíveis para as pessoas. Esta cacofonia ascendente era o som da crosta a ser empurrada para o lado e deformada. A causa? “A pressão do magma a intrometer-se na crosta”, diz Itahiza.

 

No dia 19, o solo já tinha inchado cerca de 15 centímetros, sugerindo que um volume moderado de magma tinha-se infiltrado recentemente na crosta rasa.

 

A maioria das intrusões de magma não dá origem a erupções; o magma não consegue perfurar a rocha sólida que está por cima, arrefecendo e acabando eventualmente por parar de subir. Mas há sempre a possibilidade de um volume maior de rocha derretida se acumular sob uma intrusão de magma, e isso pode potencialmente alimentar uma erupção prolífica e prolongada.

 

Os vulcanólogos ficaram alarmados com as deformações na montanha e o seu clamor sísmico e, no dia 13 de setembro, as autoridades aumentaram o nível de alerta, avisando a secção sul da ilha e os seus 35.000 habitantes sobre a possibilidade de uma erupção.

 

No dia 18 de setembro, os cientistas começaram a colocar sismómetros adicionais na região para identificar melhor os tipos de sismos e rastrear a sua migração com mais precisão, enquanto outros sobrevoavam a zona de helicóptero para perceber se o solo estava a aquecer. Pouco antes do meio-dia de 19 de setembro, um forte terramoto de magnitude 4.2 agitou o vulcão.

 

Por precaução, soldados espanhóis ajudaram a evacuar 40 pessoas e os seus animais de várias aldeias em torno do vulcão.

 

Mais tarde nesse dia, a lava irrompeu pelas colinas de floresta no flanco oeste do vulcão. A lava incendiou árvores e terrenos agrícolas, atravessou uma autoestrada e destruiu oito casas isoladas. Nessa noite, o governo espanhol anunciou que 5.000 pessoas tinham sido evacuadas.

Embora a lava ainda não tenha penetrado nas partes mais construídas do município de El Paso, “está a arrastar-se em direção a uma área densamente povoada”, diz Helen Robinson. Há a esperança de que o fluxo evite essa área no seu trajeto até ao mar, contudo, mesmo que isso não aconteça, a região foi evacuada, reduzindo significativamente o perigo de morte.

Milhares de pessoas foram evacuadas e pelo menos 20 casas foram destruídas pela erupção que no dia 20 de setembro ainda estava em curso.

FOTOGRAFIA DE ARTURO RODRÍGUEZ

Cinzas, astronomia e tsunamis

Felizmente, independentemente da duração da erupção, a lava não deve danificar a infinidade de telescópios astronómicos do Observatório Roque de los Muchachos da ilha. Juan Carlos Pérez Arencibia, administrador do observatório, afirma que as instalações ficam a 18 quilómetros a norte do local da erupção. Para além disso, o observatório está localizado 2.400 metros acima do nível do mar, enquanto a lava está a emergir nos 600 metros.

 

“As cinzas podem significar que os telescópios irão permanecer encerrados durante vários dias sem observação, mas o observatório em si não deve sofrer danos”, diz David Jones, astrónomo do observatório.

 

Ao contrário dos receios que circulavam pelas redes sociais, que foram suscitados por um artigo altamente especulativo de 2001, não há praticamente probabilidades de a erupção do Cumbre Vieja poder criar um megatsunami que atinja o litoral leste da América, diz Dave Petley, especialista em deslizamentos de terras da Universidade de Sheffield, em Inglaterra.

 

O colapso de flancos de vulcões é uma preocupação genuína, e é verdade que, há muitos milhares de anos, já aconteceram vários colapsos de flancos nas costas de La Palma. Mas um estudo de 2015 descobriu que, em condições de modelagem realistas, o colapso mais grave não causaria mais do que um tsunami de quase dois metros ao longo da costa do Atlântico ocidental.

 

Embora essa eventualidade seja decididamente indesejável, o instituto INVOLCAN salienta que seria necessário um terramoto incrivelmente poderoso e uma erupção vulcânica incrivelmente explosiva em simultâneo para haver qualquer tipo de colapso de flanco. O vulcão Cumbre Vieja é estruturalmente sólido neste momento, e não há indicação de que tal confluência seja sequer remotamente possível.

 

Mas não convém ter ilusões: os fluxos de lava são o verdadeiro perigo. Felizmente, os habitantes de La Palma estão a ser protegidos por uma vanguarda de vulcanólogos e sismólogos. Os esforços de longo prazo feitos pelos geocientistas na ilha garantiram que era possível perceber se algo perverso se estava a formar muito antes de os fluxos serpenteantes de lava rastejarem pelas encostas do Cumbre Vieja.

 

“Se eles não fizessem uma monitorização tão intensa”, diz Helen Robinson, “não compreenderiam tão bem os seus vulcões como compreendem.”

 

Adaptado de https://www.natgeo.pt/ciencia/2021/09/vulcao-das-ilhas-canarias-entra-em-erupcao-pela-primeira-vez-em-50-anos

 

Vulcão CumbreVieja, 25 de setembro: erupção intensifica-se, cidades são evacuadas e aeroporto fechado; confira as últimas notícias

Erupção do vulcão Cumbre Vieja, nas Ilhas Canárias, continua a provocar estragos e pode ser vista do espaço

 

ILHAS CANÁRIAS 25/09/2021 ÀS 09:10

 

Desde a erupção do Vulcão Cumbre Vieja, na ilha de La Palma, em Espanha, no último domingo (19), as consequências do fenómeno natural já são grandes e, segundo informações do UOL, não têm data para acabar. Neste sábado (25), Espanha resolveu fechar o aeroporto por conta do acúmulo de cinzas oriundas do vulcão. O aeroporto está "inoperante devido ao acúmulo de cinzas", informou a AENA (Aeroportos Espanhóis e Navegação Aérea), que também administra o Aeroporto dos Guararapes, no Recife, e vários outros no Brasil.

Os primeiros voos para La Palma foram cancelados já na sexta-feira (24). "A evolução da nuvem de cinzas nos últimos dias forçou a companhia aérea a mudar sua programação, a partir de hoje, sexta-feira, 24 de setembro, cancelando voos para a ilha à noite", anunciou a Binter num comunicado. A companhia aérea não especificou quantos voos serão afetados. Já a Iberia anunciou que cancelou um voo na tarde desta sexta.

Mais três cidades evacuadas

Nesta sexta-feira (24), autoridades da ilha de La Palma, em Espanha, ordenaram a evacuação das cidades de Tajuya, Tacande de Abajo e da parte de Tacande de Arriba devido à erupção do vulcão nas Canárias. Segundo informações do G1, na ocasião, os bombeiros tiveram de recuar e interromperam o trabalho de limpeza na cidade de Todoque na tarde desta sexta, após uma nova fenda que se abriu no flanco do vulcão, e companhias aéreas cancelaram voos, devido à maior nuvem de gás e cinzas desde que o vulcão entrou em erupção.

 

Domingo, 19 de setembro

O complexo vulcânico de Cumbre Vieja, na ilha de La Palma, Ilhas Canárias, entrou em erupção no dia 19. A atividade do vulcão gerou preocupação nos brasileiros, já que um estudo apontou que, em caso erupção explosiva, ele poderia gerar um tsunami na Região Nordeste do País. O alerta de risco vulcânico foi acionado nesse sábado pelas autoridades espanholas.

Segunda, 20 de setembro

Na segunda, já havia registos de transtornos. "São muitas as casas destruídas. Não há um número estabelecido ainda", informou um porta-voz do governo regional das Canárias à AFP. Já em entrevista à televisão pública, o prefeito de uma das localidades afetadas afirmou que, pelo menos, 20 casas foram destruídas.

Terça, 21 de setembro

Na terça, a erupção vulcânica registou novos abalos sísmicos e o surgimento de outra boca eruptiva na cidade de Tacande, em El Paso, o que obrigou a novas evacuações da população. Segundo as autoridades, mais de seis mil moradores já foram retirados das áreas expostas à erupção do vulcão Cumbre Vieja, nas Ilhas Canárias.

Quarta, 22 de setembro

Na quarta, as colunas de lava engoliram tudo o que encontram pela frente durante a descida para a costa da ilha, como residências, árvores e estradas. Estimou-se que 185 construções, das quais 63 seriam casas, já tenham sido destruídas pelo fenómeno.

Quinta, 23 de setembro

A lava devastou tudo em seu caminho para a costa da ilha no arquipélago espanhol das Ilhas Canárias, embora a um ritmo mais lento do que o esperado, em torno de 120 metros por hora. Desde a erupção do vulcão a lava já varreu 180 casas, de acordo com o sistema europeu de monitoramento de emergência baseado no espaço Copérnico.

Sexta, 24 de setembro

Em Todoque, localidade pertencente ao município de Los Llanos de Aridane, uma igreja não foi afetada, pelo menos até o momento. Atendendo ao apelo dos moradores que tiveram que deixar suas casas, os bombeiros conseguiram redirecionar parte da lava. A ação durou horas e envolveu diversas maquinarias. A lava foi desviada para um barranco.

 

Vulcão em erupção

O vulcão entrou em erupção no domingo (19) nas Canárias, um arquipélago espanhol formado por oito ilhas no Oceano Atlântico, e forçou a evacuação de milhares de pessoas. As lavas estão a descer lentamente do Cumbre Vieja e continuam a engolir tudo o que encontram em seu caminho. Elas já destruíram 320 construções e 154 hectares de terra até o momento, no seu caminho em direção ao mar. A lava pode gerar gases tóxicos se chegar ao Atlântico, e os especialistas dizem que a erupção vulcânica e suas consequências podem durar até 84 dias em La Palma. A ilha tem cerca de 85 mil habitantes.

 

Adaptado de https://radiojornal.ne10.uol.com.br/noticia/2021/09/25/vulcao-cumbre-vieja-hoje-25-de-setembro-erupcao-se-intensifica-cidades-sao-evacuadas-e-aeroporto-fechado-confira-as-ultimas-noticias-217165





sábado, 5 de junho de 2021

Dia Mundial do Ambiente

O Dia Mundial do Ambiente tem como tema central a restauração dos ecossistemas

2021



Celebrado a 5 de junho, o Dia Mundial do Ambiente é o maior evento anual das Nações Unidas (ONU) para sensibilizar e promover a ação ambiental e a necessidade de proteger o nosso planeta.

O Paquistão em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), será o anfitrião global da data que tem como tema principal a Restauração de Ecossistemas no âmbito da campanha “Reimaginar, Recriar e Restaurar”.

O objetivo desta temática é consciencializar governos, empresas e sociedade civil na importância da recuperação de ecossistemas que tenham sido degradados ou destruídos, bem como na necessidade de conservação daqueles que ainda estão intactos. A existência de ecossistemas mais saudáveis, com uma biodiversidade mais rica, irá produzir maiores benefícios para o planeta e garantir a subsistência de milhares de milhões de pessoas que dependem deles.

Esta data marcará, também, o lançamento formal da Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas 2021-2030. Liderada pela PNUMA e Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a Década da ONU tem como objetivo aumentar em grande escala a restauração de ecossistemas degradados de forma a combater a crise climática, evitar a perda de um milhão de espécies, aumentar a segurança alimentar e assegurar o abastecimento de água.

Cientistas consideram que os próximos dez anos são essenciais para evitar alterações climáticas catastróficas e a perda da biodiversidade.

Para enfrentar a tripla ameaça das alterações climáticas, perda da natureza e poluição, o mundo deve restaurar pelo menos mil milhões de hectares degradados de terra na próxima década. A área equivale ao tamanho da China. E um plano semelhante será preciso para salvar os oceanos.

Essa é uma das conclusões do novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, PNUMA, e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO.

Segundo o relatório, a humanidade está a utilizar cerca de 1,6 vezes a quantidade de recursos que a natureza pode fornecer de forma sustentável. Isto significa que os esforços de conservação são insuficientes para evitar o colapso do ecossistema e a perda da biodiversidade.

Os custos globais de restauração terrestre, não incluindo os custos de restauração de ecossistemas marinhos, são estimados em pelo menos 200 mil milhões de dólares por ano até 2030. O relatório afirma que cada dólar investido cria até 30 dólares em benefícios económicos.

A exploração maciça do meio ambiente afeta o bem-estar de 3,2 mil milhões de pessoas – 40% da população mundial – e custa anualmente mais de 10% do produto interno bruto global, sendo que todos os anos, o mundo perde 10 milhões de hectares de florestas – áreas do tamanho da República da Coreia – ou o dobro do tamanho da Costa Rica.

Deste modo, a restauração dos ecossistemas pode ajudar a enfrentar grandes crises. Ao restaurar a saúde e a produtividade dos ecossistemas terrestres e marinhos degradados, podemos reduzir a perda de biodiversidade, travar as alterações climáticas, criar empregos e aumentar a saúde e o bem-estar dos cidadãos.

Numa era pós pandemia, a restauração de ecossistemas em todo o mundo poderá dar um contributo importante para a criação de um planeta mais saudável.

https://unric.org/pt/dia-mundial-do-ambiente-tem-como-tema-central-a-restauracao-dos-ecossistemas/

Saiba também como calcular a sua Pegada Ecológica

A Pegada Ecológica é um indicador que mostra a pressão humana sobre os ecossistemas do nosso planeta.

Esta ferramenta representa, de forma quantitativa, a área produtiva do planeta necessária para produzir os recursos naturais, os serviços ambientais que suportam determinado estilo de vida e para eliminar os resíduos produzidos.



domingo, 18 de abril de 2021

Dia Internacional da Mãe Terra 2021

 Dia Internacional da Mãe Terra 2021

 


O Dia Internacional da Mãe Terra celebra-se a 22 de abril. É também conhecido como Dia da Terra, Dia Mundial da Terra e Dia Internacional da Terra.

O seu objetivo é promover a preservação do meio ambiente, tendo em vista um equilíbrio justo entre as necessidades económicas, sociais e ambientais das gerações presentes e futuras. Por outro lado, pretende-se mobilizar os decisores políticos e a sociedade civil para a concretização de medidas que protejam o nosso planeta.  

Este dia foi criado através da resolução 63/278 da Assembleia Geral das Nações Unidas, a 22 de abril 2009.

Documentos

Resolução 63/278 da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre o Dia Internacional da Mãe Terra | ONU [en]

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Links relacionados

Dia Internacional da Mãe Terra | Organização das Nações Unidas [en]

domingo, 11 de abril de 2021

 

Sobre os sismos sentidos em Portugal no mês de março, o professor de Ciências ULisboa, João C. Duarte, escreveu um artigo no jornal Público


"Ouve-se muito por aí que é bom haver muitos sismos pequenos, porque estes libertam tensões e evitam os sismos grandes. Será que isto é verdade?

Infelizmente, haver muitos sismos pequenos é relativamente irrelevante no que respeita à ocorrência de sismos grandes. Isto é facilmente compreendido se tivermos em conta que a escala de magnitudes é uma escala logarítmica. Por exemplo, um sismo de magnitude 2 é 30 vezes mais forte (em termos de energia libertada) do que um sismo de magnitude 1. Um sismo de magnitude 4 é cerca de 30 mil vezes mais forte do que um sismo de magnitude 1. E um sismo de magnitude 8 é 30 mil milhões de vezes mais forte do que um sismo de magnitude 1! Isto quer dizer que precisaríamos de 30 mil milhões de sismos de magnitude 1 para libertar a energia correspondente a um sismo de magnitude 8. Por outras palavras, a energia libertada por um sismo de magnitude 1 é cerca de 0,0000000001 % da energia libertada por um sismo de magnitude 8."

Professor de Ciências ULisboa, João C. Duarte



Vulcão das Caraíbas "explode" e envia colunas de cinzas a 8 quilómetros de altura

 

Vulcão das Caraíbas "explode" e envia colunas de cinzas a 8 quilómetros de altura

9 Abril 2021, 20:37

por Graça Andrade Ramos – RTP

O La Soufriére na ilha de São Vicente nas Caraíbas entrou em erupção sexta-feira 9 de abril de 2021 Reuters

Inativo durante décadas, o vulcão La Soufriére, da ilha de São Vicente, entrou em erupção esta sexta-feira (09/04), espalhando cinzas nas aldeias em torno. Cerca de 16.000 pessoas estão a ser evacuadas para abrigos, longe do perigo, para navios cruzeiro e para ilhas próximas.

"Às 08:41 (13:41 hora de Lisboa), uma erupção explosiva deflagrou no vulcão Soufriére, em São Vicente. É o ponto culminante da atividade sísmica que começou em 8 de abril. A erupção está ainda a ocorrer", informou o Centro de Pesquisa Sísmica da Universidade das Índias Ocidentais em Trinidad e Tobago, na sua conta na rede social Twitter.

https://www.wort.lu/pt/mundo/cara-bas-ilha-de-s-o-vicente-em-panico-com-erupc-o-do-vulc-o-6071da35de135b923672ed2a

Ralph Gonsalves, primeiro-ministro de São Vicente e Grenadines, uma cadeia de pequenas ilhas das Caraíbas, ordenou a evacuação da área na quinta-feira, quando os sinais de atividade vulcânica iniciados em dezembro se agravaram. "As pessoas ainda estão a ser evacuadas da zona vermelha, começou ontem à noite e prolongou-se pela madrugada" disse Lavern King, de 28 anos, voluntário nos abrigos da capital Kingstown e noutros locais. "Está tudo em ebulição".

A erupção súbita das últimas horas lançou plumas de fumo e cinzas a oito quilómetros de altura. As cinzas caíram mesmo no aeroporto internacional de Argyle.

Erouscilla Joseph, diretora do Centro de Pesquisa Sísmica admitiu que "podem ocorrer mais erupções" sem que seja possível prever se serão mais fortes ou mais fracas.

Não há notícia imediata de vítimas.

A última erupção do La Soufriére - cujo nome significa boca de súlfur ou enxofre - deu-se em 1979, depois da penúltima, em 1902, ter morto 1.600 pessoas.

Evacuação

Dois navios dos Cruzeiros Royal Carabbien são esperados esta sexta-feira e um terceiro para os próximos dias, assim como dois navios Carnival, para recolher pessoas. As ilhas de Barbados, Antígua, Santa Lúcia e Granada prontificaram-se a acolher os deslocados.

"Não vai correr tudo perfeitamente, mas se todos cooperarmos iremos sair disto mais fortes do que nunca", afirmou o primeiro-ministro, revelando que tem estado em contacto com os seus homólogos da região para que as pessoas sem passaporte possam viajar apenas com o bilhete de identidade.

"Isto é uma emergência e todas as pessoas compreendem isso", disse Gonsalves.

A pandemia de Covid-19 arrisca complicar a evacuação, com o primeiro-ministro a exigir que as pessoas sejam vacinadas antes de embarcarem nos navios cruzeiro fretados para o efeito, ou de serem transportadas para residência temporária noutras ilhas.

Gonsalves recomendou que os deslocados que prefiram ficar em São Vicente e nas Grenadines se façam igualmente vacinar. A cadeia de ilhas tem pouco mais de 100 mil habitantes.

    Localização do vulcão La Soufriére em S. Vicente, Caraíbas.

Atividade noutros vulcões

Peritos sísmicos "alertaram as autoridades para a possibilidade de erupção depois de notarem um aumento dos movimentos do magma próximo da superfície às 03h00 da madrugada de quinta-feira" dia 8 de abril, referiu Joseph. A situação agravou-se muito rapidamente, acrescentou, para sublinhar a impossibilidade de prever o que pode suceder nas próximas horas ou dias.

Entre outras anomalias, a equipa de sismólogos enviados para São Vicente em dezembro, observou alterações no lago da cratera, a formação de um novo cume, emissões de gases e atividade sísmica.

Erouscilla Joseph revelou que se organizaram equipas para recolher os habitantes das zonas vermelhas sem meios de transporte para os levar até aos abrigos improvisados. "Sabemos quem são porque estudámos isso com tempo", afirmou.

Aqueles que embarcarem nos navios permanecerão ao largo enquanto for necessário sem necessidade de desembarcarem noutros portos, acrescentou.

O Governo local apelou a população a manter a calma. "Não quero que entrem em pânico, isso seria o pior que poderiam fazer", referiu Gonsalves.

A imprensa local tem referido igualmente o aumento recente da atividade no Monte Pelee, na ilha da Martinica, a norte de São Vicente e além de Santa Lúcia.

Nas ilhas leste das Caraíbas existem vários outros vulcões e 17 dos 19 ativos na área encontram-se em 11 ilhas, com os dois restantes, submarinos, ao largo de Granada. Um destes, Kick'Em Jenny, tem estado ativo nos últimos anos.

Apesar disso, o que tem registado maior atividade é o Soufriére Hills em Montserrate, em erupção contínua desde 1995 e que destruiu a cidade capital, Plymouth, e matou 19 pessoas em 1997.

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/vulcao-das-caraibas-explode-e-envia-colunas-de-cinzas-a-8-quilometros-de-altura_n1311119

Sismo na Indonésia provoca pelo menos sete mortos

 

Sismo na Indonésia provoca pelo menos sete mortos

 Um forte terramoto matou pelo menos sete pessoas, feriu 12 e danificou mais de 300 prédios na ilha de Java, na Indonésia, e abalou o centro turístico de Bali, disseram hoje autoridades locais

    Habitações destruídas

As autoridades não emitiram, todavia, qualquer alerta de tsunami.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o terramoto de magnitude 6,0 na escala de Richter atingiu a costa sul da ilha às 14:00 locais (07:00 em Lisboa).

O epicentro localizou-se a 45 quilómetros ao sul da cidade de Sumberpucung, no distrito de Malang na província de Java Oriental, a uma profundidade de 82 quilómetros.

     Localização do epicentro

O responsável pelo centro de terramotos e tsunamis da Indonésia, Rahmat Triyono, referiu num comunicado que o abalo com epicentro no mar não tinha potencial para causar um tsunami. No entanto, apelou à população para que ficasse longe de encostas de solo ou rochas que possam causar deslizamentos de terra.

Este foi o segundo desastre mortal a atingir a Indonésia nesta semana, depois das chuvas torrenciais registadas no último domingo, provocadas pelo ciclone tropical Seroja, que causaram pelo menos 174 mortos e 48 desaparecidos, danificando ainda milhares de habitações.

Algumas vítimas ficaram soterradas na sequência de deslizamentos de terra ou lava solidificada resultante da erupção de um vulcão em novembro, enquanto outras foram varridas por enchentes.

Reportagens de televisão mostraram hoje pessoas em pânico a fugir de centros comerciais e de edifícios em várias cidades na província de Java Oriental.

A agência de busca e resgate da Indonésia divulgou vídeos e fotos de casas e edifícios danificados, incluindo o teto de um hospital em Blitar, uma cidade vizinha de Malang. As autoridades estavam ainda a reunir informações sobre o total de vítimas e danos ocorridos.

A Indonésia, um vasto arquipélago de 270 milhões de habitantes, é com frequência atingida por terramotos, erupções vulcânicas e tsunamis devido a situar-se no “Anel de Fogo”, um arco de vulcões e falhas geológicas na Bacia do Pacífico.

Em janeiro, um terramoto de magnitude 6,2 que atingiu os distritos de Mamuju e Majene, na província de Sulawesi Ocidental, matou pelo menos 105 pessoas e feriu quase 6.500, causando mais de 92.000 desalojados.



 

Resposta à da Adivinha Geológica 4