Sismo mata pelo menos 35 pessoas na Turquia - 24 janeiro
Abalo foi sentido a mais de mil
quilómetros de distância do epicentro, em vários países europeus e do Médio
Oriente.
PÚBLICO
24 de Janeiro de 2020, 18:49 atualizado a 25 de Janeiro de 2020, 17:06
Sismo teve magnitude estimada de 6,8 na escala de Richter LUSA/STR
Pelo menos
35 pessoas morreram depois de um sismo de magnitude estimada entre 6,8 e
6,9 graus na escala de Richter que atingiu a região oriental da Turquia
por volta das 20h55 locais (17h55 em Portugal continental) desta sexta-feira. O
balanço atualizado de vítimas foi feito pela proteção civil turca este domingo,
embora prossigam ainda os trabalhos de resgate para salvar pessoas que se
encontrem debaixo dos escombros.
O forte
abalo, com epicentro na província de Elazig, a 218 quilómetros da cidade
de Gaziantep, foi sentido em vários países da Europa e do Médio Oriente,
incluindo a Grécia, Bulgária, Rússia, Geórgia, Arménia, Chipre, Síria, Líbano,
Israel, Iraque, Irão e Egipto.
Para além
das 35 mortes confirmadas, há registo de mais de 1600 feridos e de várias
pessoas desaparecidas entre os escombros das suas casas. Os feridos foram
atendidos em hospitais da zona, permanecendo uma centena em tratamentos e,
destes, cerca de 30 nos cuidados intensivos.
A imprensa
turca divulgou imagens de danos consideráveis em zonas urbanas da região,
nomeadamente na cidade de Elazig, onde vários prédios ruíram. Também há registo
de mortes e de danos graves na província de Malatya.
Várias
equipas de resgate de regiões vizinhas foram enviadas para as áreas
mais afetadas, e a proteção civil turca trabalhou durante a noite de
sexta-feira debaixo de holofotes, e o mesmo se passou durante este sábado e
domingo. As equipas de salvamento trabalham desde a altura em que se registou o
sismo para retirar as pessoas dos escombros, tendo já conseguido resgatar 45.
Entre os resgatados encontrava-se uma criança de dois anos e meio que foi
retirada das ruínas da sua casa, 24 horas depois do abalo, tendo a sua mãe sido
recuperada quatro horas mais tarde, estando ambos bem.
Contudo,
mais de 36 horas após o terremoto, e como as temperaturas a descerem até aos
-10°C à noite, as esperanças de serem encontrados sobreviventes vão diminuindo.
O ministro
da Defesa, Hulusi Akar, afirmou que as tropas turcas estão prontas a
ajudar em caso de necessidade. Já o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse
através do Twitter que todas as medidas de segurança estavam
a ser ativadas para “garantir a segurança dos cidadãos”, acrescentando que os
ministros do Interior, da Saúde e do Ambiente foram enviados para a província
de Elazig.
Tanto as
forças armadas turcas como organizações civis de assistência humanitária já
decretaram o envio de meios para a zona. O maior desafio neste momento é posto
pelo facto de milhares de pessoas não poderem voltar às suas casas em
segurança, uma vez que os edifícios podem ter ficado seriamente danificados. As
temperaturas médias de Janeiro no Leste da Turquia descem a valores negativos
durante a noite. A prioridade é, por isso, a disponibilização de tendas, camas
e mantas. Segundo as autoridades, mais de 15 mil pessoas estão alojadas em
ginásios e escolas, e mais de 5000 tendas foram montadas na cidade para
acomodar os habitantes.
Elazig fica
a cerca de 750 km a leste da capital do país, Ancara. A Turquia situa-se na
confluência de várias placas tectónicas e é por isso um país com elevada
atividade sísmica. Em Agosto de 1999, um abalo com epicentro a sul de Istambul
matou mais de 17 mil pessoas. Em 2011, 523 pessoas morreram noutro sismo na
cidade de Van, a cerca de 100 quilómetros a norte de Elazig.
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