quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Proteção da saúde contra efeitos da mudança climática esbarra em financiamento

 

Proteção da saúde contra efeitos da mudança climática esbarra em financiamento

ONU News
8 novembro 2021

    Foto: Unsplash/Andre
as Felske
Queima de combustíveis emite muitos poluentes prejudiciais à saúde.

Levantamento da Organização Mundial da Saúde, OMS, mostra que apenas 25% dos países foram capazes de colocar em prática estratégias para proteger saúde da população dos efeitos da mudança climática; por outro lado, 77% das nações têm planos nacionais neste sentido, mas não têm verbas. 

Apenas 25% dos países que participaram de uma análise da OMS conseguiram implementar ações para proteger a saúde da população dos efeitos da mudança climática.

A agência da ONU explica que 77% das nações avaliadas já desenvolveram ou estão a criar planos que unem saúde e mudança climática. Mas a falta de financiamento impede que as estratégias sejam de facto colocadas em prática. 

Ponto focal

 

    PATH - Profissional de saúde examina crianças em Mkaka, no Malauí, para determinar se elas são elegíveis para a vacina contra malária

Além de não terem dinheiro, os países citam também o impacto da Covid-19 e recursos humanos insuficientes para que as estratégias sejam implementadas. 

A Pesquisa Global da OMS sobre Saúde e Mudança Climática deste ano revela que 85% dos países já têm um ponto focal para o assunto dentro do Ministério da Saúde. Além disso, quase todas as nações pesquisadas incluíram a questão da saúde nas suas Contribuições Nacionalmente Determinadas, CNDs.  

Para a diretora de Meio Ambiente, Mudança Climática e Saúde da OMS, a pesquisa mostra “que muitos países estão despreparados e sem apoio para lidar com os impactos da mudança climática na saúde”.

Poluição do ar 

 

     Foto: ADB/Ariel Javellana - Emissões com a queima de carvão contribuem para a poluição em Ulaanbaatar, na Mongólia.

Maria Neira está na COP26, em Glasgow, para “garantir que juntos, os países possam fazer um trabalho melhor em proteger as pessoas das maiores ameaças à saúde humana”.

A especialista da OMS dá um exemplo: quase 80% das mortes causadas pela poluição do ar poderiam ser evitadas se os níveis atuais de poluição fossem reduzidos, seguindo as recomendações da agência da ONU.

A pesquisa aponta ainda que minorias étnicas, comunidades mais pobres, migrantes e deslocados internos, idosos e muitas mulheres e crianças são os grupos que mais precisam de proteção. 

Aproximadamente metade dos países reportaram que a pandemia de Covid-19 causou uma lentidão nos progressos de combate à mudança climática, sendo que a situação continua a ameaçar a capacidade das autoridades de saúde em planearem e se prepararem para os choques climáticos. 

Retirado de https://news.un.org/pt/story/2021/11/1769592?utm_source=ONU+News+-+Newsletter&utm_campaign=b4f37bbbcd-EMAIL_CAMPAIGN_2021_11_09_01_00&utm_medium=email&utm_term=0_98793f891c-b4f37bbbcd-107783233


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